Por Um Fio - 2° Temporada

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votem, comentem e digam o que estão achando.

a música desse cap é Ed Sheeran, Beyoncé - Perfect Duet

boa leitura 💕

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Depois de dois meses entre encontros, jantares, noites de cinema em casa e muito sexo, Brunna e eu finalmente voltamos a morar sob o mesmo teto.

Não pense que a demora foi algo que ambas concordamos, pois por mim estaríamos juntas desde a primeira vez que nos reencontramos, mas Brunna disse que gostaria de fazer tudo com calma. Nossa separação durou três longos anos, mas nossa conexão sempre esteve presente e eu tinha ainda mais certeza disso a cada vez que nos encontrávamos. Nossas piadas internas ainda continuam com a mesa graça, o dom de uma terminar as frases da outra ainda é presente e a forma como sabemos exatamente o que queremos dizer somente pelo olhar permanece intacto. Brunna é e sempre será minha alma gêmea e disso eu não tenho dúvida.

- Vai ficar aí parada me olhando feito um zé doido ou vai me ajudar? - Ela diz, segurando a caixa com um dos braços, enquanto o outro apoiava na cintura.

Sorrio, achando graça de sua pose de marrenta.

- Claro amor, o que você quiser.

Pego a caixa de suas mãos e ela me dá um selinho rápido, voltando ao cômodo onde estava. Ao mesmo tempo em que certas coisas permaneciam iguais, outras mudaram um pouco nesses últimos anos. Brunna amadureceu muito, deixou para trás a menina ingênua que era e assumiu uma nova posição de mulher madura e muito mais inteligente do que antes. Apesar de sentir falta do seu jeitinho de neném, admito que amo essa sua nova versão. Brunna aprendeu a dizer não pra quem quer que fosse e por mais que isso as vezes ferisse meu ego, eu gostava. Aprendeu a se priorizar, se importar mais com seus próprios sentimentos e urgências, aprendeu a controlar a impulsividade e... Bem... Ela ainda está aprendendo a lidar com todo seu ciúme.

- Vai querer o cabernet ou pinot? - Perguntando levantando os olhos para encará-la e estranho.

Brunna estava de cara fechada, olhando obsessivamente para a garçonete, que por sua vez não tirava os olhos de mim.

- Amor? - A chamo, ignorando a moça ao meu lado e ela vagarosamente me olha, sorrindo logo em seguida.

- Sim, benzinho?

Franzo o cenho estranhando o apelido.

- Qual vinho quer?

- Cabernet.

- Ótimo. Cabernet será. - Digo fechando e entregando o menu de bebidas a garçonete e ela sorri para mim. Pude jurar que antes de se virar, a garota me lançou uma piscadinha. - Ei, o que aconteceu?

Ela me olha com aquela cara de quem estava prestes a perder o réu primário.

- Vai dizer que não reparou?

- No que?

- Ludmilla não se faça de idiota! Essa baranga ta te encarando desde quando chegamos aqui.

Volto a encarar a garota que conversava distraidamente no balcão.

- Claro que não, amor.

- Ludmilla não me testa!

- Ok, e se for isso mesmo? Que culpa tenho eu?

Ela me encara séria, parecendo pensativa e então balança a cabeça desviando o olhar.