Meu novo irmão (Thiam)

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P.O.V Theo

Ele sabe! Meu Deus, ele sabe!

Ela sabe de tudo, ele acabou de falar que sabe de tudo, mas não pode ser não é? Ele não pode ter descoberto sobre tudo, isso é impossível, como ele saberia sobre tudo? Isso é impossível! Ao não ser que...

Não, A Allison nunca me trairia assim, não.

AAAAAHHHHHH

Minha cabeça está doendo, o que esse anãozinho bonitinho sabe, ou acha que sabe? Seja o que for, não deve ser nada, não surta com isso Theo!

Pego a minha roupa e uma toalha e entro no banheiro para um banho, eu preciso relaxar, esfriar a cabeça, com certeza não o Liam não sabe de nada e só está me deixando paranoico.

Ele não pode saber de nada, provavelmente ele vi me odiar ainda mais, e eu não suportaria seu ódio para cima de mim outra vez. Ontem eu vacilei, não devia ter deixado aquele beijo rolar, mas ele é tão lindo e beija tão bem.

Só que ontem aconteceu uma coisa que eu não esperava, o beijo estava muito bom, tudo estava muito bom, e eu estava feliz com tudo aquilo, era algo que queria a muito tempo, mas de repente tudo mudou, a voz mudou, o toque mudou, não era mais o Liam que estava ali.

Eu não realmente não queria ter saído daquele jeito, mas ele estava na minha cabeça, a droga do Brett não sai da minha cabeça.

Sinto meus olhos encherem de lagrimas e as deixo cair, se misturando com a água do chuveiro, eu precisava disso, chorar, tem muita coisa presa dentro de mim, eu não aguento mais sentir isso, não aguento mais!

Enrolo o tanto que eu posso no banho, não quero conversar com ele, não estou pronto para e nem quero descobrir o que ele sabe, não quero ter que aturar olhares de nojo e raiva vindo dele.

Saio do bainheiro vestido e sacando meu cabelo com uma tolha, Liam estava me esperando sentado no sofá, ele se levanta quando me vê, seu corpo exalava desconforto, já podia sentir os socos no meu estomago.

Minha garganta começou a fechar, e sinto mais lagrimas chegando. Ótimo, era só o que me faltava, um ataque de pânico.

- Senta - ele aponta para um lugar no sofá ao lado dele.

Me sento e ele também, sinto seus olhos em mim, mas mantenho me rosto virado para a frente evitando qualquer contato visual.

- Olha - começa a falar - eu sinto muito, eu sei que hoje é um dia difícil e eu não estou bravo nem nada, eu te entendo!

Olho para ele meio perdido, do que ele está falando? Que merda ele pensa que entende?

- Eu não faço ideia do que você está falando - e realmente não fazia.

- Eu sei da Julie - fala e meu sangue gela. O quanto ele sabe?

- O o q-que você...?

- Eu sinto muito, imagino que não deve ser algo fácil - me corta e sai falando - eu nunca perdi alguém que amava, tirando meu pai, mas acho que não é a mesma coisa, afinal eu era uma criança e mal me lembro dele, e essa menina e você...

- Liam, Liam - falo tentando o fazer calar a boca, já que ele não estava falando coisa com coisa - vamos do começo, Julie, o que você sabe sobre ela?

- Sei que vocês foram namorados e que nunca acharam quem a matou.

- Esse é o tudo que você estava falando?

- Era - suspiro aliviado - por que? Tem mais coisa?

- Não - digo evitando qualquer tipo de contato - não tem mais nada!

Ficamos em silencio por alguns minutos, ele não sabia de nada, o que era bom, por um momento pensei que estava em um beco sem saída, acho que quase enfartei atoa.

- Eu acho que tem mais coisa - ele corta o silencio me fazendo olha-lo.

- Não tem mais nada, Liam - falo grosso - você desvendou todo o mistério!

Ele nega com a cabeça antes de voltar a dizer.

- Me escuta um minutinho - fala calmo, muito calmo - eu não estou bravo pelo ocorrido infeliz de ontem a noite, e já ergui a muito tempo uma bandeira branca nessa nossa rixa, então se você quiser desabafar ou conversar, eu estou aqui.

Ocorrido infeliz, eu quase paguei um boquete para esse filho da puta para ele chamar de ocorrido infeliz?

Eu realmente não sei o que fiz para merecer isso.

Acho que me enganei a respeito dos sentimentos dele, vai ver ele não gosta mais de mim como no ano passado. Meu plano de fazer ele não sentir mais nada por mim deu certo, afinal.

- Eu não quero e nem preciso desabafar com você!

Me levanto e vou em direção ao quarto, batendo a porta e me jogando na cama.