Capítulo único

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Dessa vez não demorei tanto né? Risos.
Essa one foi por EricaWarrenx e depois de um mês eu escrevi ela. Risos. E já digo que essa one se tornou tudo para mim.

**

Não é segredo, para aqueles que conhecem os Warrens, que o amor deles é capaz de superar qualquer barreira. Não importa o quão árduo seja o trabalho, se os dois estiverem juntos, sempre irão vencer. Sair por cima da situação, sempre é possível, contanto que continuem juntos.

Entretanto, até mesmo nos casais mais estáveis e unidos, existe um sentimento que uma vez ou outra aparecerá. Ciúmes. É impossível manter um relacionamento, sem que uma única vez você acabe se deparando com tal sensação.

Para Ed Warren, ela é um tanto quanto nova, pois ele nunca teve problemas com isso. Bom, até o presente momento.

- A senhora, deseja mais alguma coisa? - O garçom parado ao lado da mesa, indaga. Com o final das próprias palavras, ele abre um sorriso de canto (não muito comum).

Lorraine nega, gentilmente, com um movimento da cabeça e toma um gole de seu chá. O garçom, por sua vez, ao invés de ir embora, continua encarando a mulher sem o mínimo de pudor. Ed apenas o observa, sem fazer questão nenhuma de disfarçar.

- Se quiser alguma coisa, pode me chamar. Aliás, meu nome é John. - Guardando o bloco de notas no bolso do avental ele coloca sua mão em cima da mão da Lorraine, que estava repousada sobre a mesa.

Edward fechou levemente seus olhos, respirando fundo. Ficou chocado com a audácia do homem, ainda mais quando ele mesmo estava bem ali. E a aliança no dedo da mulher, deixava bem claro que ela é comprometida. Lorraine puxou a própria mão para perto do corpo, a colocando sobre a mesa.

- Muito obrigada, pode deixar que nós iremos chamar se precisarmos de algo. - Fez questão de dar ênfase no "nós" por dois motivos. O primeiro, foi porque percebeu que Ed estava a beira de um surto e em segundo, pois também não estava nada confortável com a situação.

- Estarei sempre a sua disposição.

- Se você puder se retirar, eu gostaria de voltar a tomar café com a minha esposa.- Tentando não soar muito rude, mesmo sabendo que aquele homem não merecia sua calma, Ed dita. Seus olhos revelavam um sentimento, em partes, desconhecido.

Após ouvir o Warren se pronunciar, o garçom apenas dá as costas para o casal e se afasta da mesa. Lorraine soltou o ar, que havia prendido em seus pulmões, pela boca, podendo finalmente respirar de novo.

- Achei que ele não fosse embora nunca. - A mulher faz uma careta, mordendo um pedaço do bolinho que estava em seu prato.

- Achei que ele não fosse parar de dar em cima de você. - Ed revira os olhos, não para a sua mulher e sim, para a situação. - Como alguém pode ser assim tão... - tentou procurar, em sua mente, alguma palavra que se encaixasse no momento e que não fosse pejorativa. Bom, ele falhou.

- Não achei nada ético, e nem respeitoso. Mas, você soube lidar com ele. - Lorraine sorri.

- Ainda assim... viu o jeito que ele te olhava? Argh! Além de não saber respeitar uma mulher, não sabe como respeitar uma mulher casada.

- Você não está bravo com isso, não é? - Lorraine não sabia se dava risada, ou se tentava manter-se séria.

- Não, é claro que não. - Rapidamente ele nega, bebendo um gole de água para disfarçar. - Eu jamais ficaria bravo com isso.

- Se você não está bravo, você está com ciúmes? - Ela indaga, dessa vez, não fazendo tanto esforço para conter o riso.

- No, Lorraine. I'm not jealous.

- O que houve como o "honey"? - Questiona em tom provocativo. - Você sempre me chama de honey.

- Não, honey. Eu não estou com ciúmes. - Ele corrige a sentença, olhando no fundo dos olhos da mulher.

- Está sim. - Gargalhando baixo, ela inclina a cabeça para o lado. - Sabe que não precisa sentir ciúmes, não é?

- Não estou com ciúmes. - Diz com convicção. - Apenas, não gostei da forma com que aquele homem se aproximou de você. Tocar sua mão foi um pouco de mais, não foi? Quem ele pensa que é?

- Sim, foi ridículo. Mas, não importa o que ele fizesse, eu jamais daria 1% de moral. - Ela apenas reforça o que ele já sabe. - Devo admitir, que você fica levemente fofo quando está com ciúmes. Ainda bem que não se estressou, não gostaria de ver você contando até mil.

- Com certeza eu iria passar de mil. Ou então, iria me acalmar dando um soco nele!

- Ed!

- Tudo bem, honey, sem a parte do soco. - Ele da ênfase no apelido.

- Melhorou.

Ed arqueia a sobrancelha, sentindo-se um pouco ridículo por ter entrado naquela situação.

- Ele é só um inconveniente, enquanto você, é meu marido. E a única pessoa que quero que segure minha mão, é você. Eu amo você, Ed. Está no seu direito de sentir ciúmes, até eu sinto de você.

Os dois sorriem juntos, quase como se estivessem conectados. Dito isso, Ed paga a conta, entrelaça seus dedos ao da mulher e os dois saem do estabelecimento juntos. Lorraine encostou sua cabeça no ombro do homem, sendo abraçada por ele ainda quando andavam.

- Quer dizer então, que você já sentiu ciúmes de mim? - Ele indaga, olhando de soslaio para a mulher. Que sorri de canto?

- who told you this madness?

- Você.

- Não estou lembrada. - Ela ri baixo, parando de andar logo que chegam no carro.

Guiando-a pela cintura, Ed faz com que seus corpos fiquem frente a frente.

- Sua palhacinha. - O Warren toca a ponta do nariz da esposa, sorrindo junto dela. - Quero saber essa história sobre você com ciúmes.

- Que história?

Para fugir da situação, e não deixar que seu marido faça mais perguntas, Lorraine toca seus lábios no do homem, iniciando um beijo romântico.

***

Só queria dizer que amo meu casal e é isto. Bom, espero que tenham gostado❤. Deixem suas opiniões aí nos comentários pra tia Cris.

Ed com ciúmes é tudo. Lorraine desconversando sobre sentir ciúmes é tudo também.

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