Ninguém pode saber...

Não pode ser verdade - parte I

Alex's POV

Chamo-me Alex Fiore, tenho 17 anos e os meu pais são italianos, daí o apelido.

Tive dois anos bastante complicados. Uma das minhas melhores amigas e secreta paixoneta desapareceu sem deixar rasto, mesmo quando eu estava a ganhar coragem para lhe dizer o que sentia. Só acordei quando os meus problemas a ser sérios e depois de levar dois estalos de outra das minhas melhores amigas, a Sophie.

Sim. Eu dou-me mais com raparigas do que com rapazes, acho que muitos deles são infantis de mais, então arranjei amiga em quem podia confiar.

Por causa disto até chegaram a perguntar-me se era gay.

NÃO SOU!

Qual é o problema das pessoas de hoje em dia?!

Hoje estou sozinho em casa. Os meus pais saíram com a minha irmã mais nova para um dos seus espetáculos de ballet.

Não tenho nada para fazer mas também não me apetece ficar em casa por isso pensei em sair de casa para ir ao ginásio e depois ir lanchar. Isto era o que tinha planeado fazer mas a Sophie ligou-me a pedir que fosse lá a casa. Não me deu pormenores do porquê de querer que eu lá fosse mas de qualquer das maneiras não era preciso. Ela já fez muita coisa por mim e eu sentia-me na obrigação de retribuir.

Acabei por concordar em ir la ter. Levanto-me da cama onde ainda estava deitado e vou até à casa de banho. Tomo um curto mas relaxante banho e quando volto ao quarto o meu telemóvel está a tocar. Vejo que é a minha mãe e logo atendo.

#chamada on#

Eu: Olá mãe!

Mãe: Bom dia, filho. Tudo bem? Quando saímos ainda estavas a dormir, não te quis acordar.

Eu: Bom dia não, boa tarde. Já são 14h. Ainda estás na competição com a Rose?

Mãe: Pois... nem dei pelas horas passarem! Sim, ainda aqui estamos, a competição está a correr muito bem para o ginásio dela e passaram a primeira fase por isso ainda somos capazes de demorar a ir para casa. E tu,o que vais fazer hoje? Não vais ficar em casa sozinho pois não?

Eu: Claro que não , mãe. Eu vou a casa da Sophie, ela ligou me a pedir que lá fosse.

Mãe: Então vai lá. Não te empato mais.

Eu: Tu nunca empatas , mãe. Mas sim tenho que me despachar!

Mãe: Beijinhos. Quando nós chegarmos eu ligo te.

Eu: Okay. Beijos mãe.

#chamada off#

Vesti me rapidamente, para não deixar a Sophie à espera e saí de casa, levando apenas as chaves e o meu telemóvel. A casa dela é relativamente perto da minha, por isso é que quando eu tinha algum problema lá ia, para desabafar, fica a cinco quarteirões da minha casa.

Vou andando mas tenho que parar num café para comer alguma coisa,visto que ainda não comi nada e a fome já começa a apertar.

Quando acabo, pago e ponho me a caminho.

Em cinco minutos estou a porta de casa da Sophie. Toco à campainha e logo ela me vem receber, com um sorriso. Mas não um sorriso verdadeiro, algo se passa, ela está estranha.

Sophie: Olá. Entra. - disse dando me logo espaço para passar.

Eu: Olá. Sophie está tudo bem?

Sophie: Sim, quer dizer mais ou menos. Vamos para a sara que temos coisas importantes para falar.