- Acho que é hora de mais uma soneca não é dorminhoco? - Fez cócegas na barriga dele. Ele segurou seu pulso com força e a puxou pra si. - Não é uma boa ideia.
- Porque não? Não gosta de beijar?
- Adoro beijar você, mas a todo instante entra alguém e eu fico vermelha e... - Respondeu rapidamente.
- Calma. - Ele era sempre tão calmo, exceto quando a beijava. Seu beijo tinha urgência, tinha desejo e um gosto que não se poderia descrever. E esse beijo acabara de invadir sua boca trocando todo o medo e insegurança por prazer. - Estou contando os minutos pra sair desse hospital. E a primeira coisa que quero fazer é te levar pro meu quarto - estava ofegante - Você quer ir pro meu quarto?
- Quero- sussurrou.
- Já imaginou o que a gente pode fazer lá? Só você e eu, sem interrupções...
- Já.
- Me conta o que você imaginou? - Fez carinho no rosto dela com a mão.
- Ah, eu não saberia contar.
- Tem que me dizer. Fala, qualquer coisa, eu tô louco pra saber! -Sussurrou mordiscando a orelha dela.
- Eu...
A porta mais uma vez! Outra vez a enfermeira. Enquanto ela aplicava os remédios Isabela sentou na poltrona e fingiu dormir. Ouviu Eduardo chamá-la por duas vezes, mas não respondeu. Ele claramente a desejava tanto quanto e um dos dois precisava ser mais forte, ela escolheu esse papel e manteve-se imóvel até que o sono verdadeiro chegou.Quando chegava a noite as coisas ficavam mais calmas, principalmente porque Eduardo já não estava fazendo uso de tantas medicações como antes. Isabela arrastou a poltrona pra mais perto da cama.
- Então, agora somos só você e eu mocinha?
- Até que a próxima enfermeira entre. - Brincou Isabela acariciando o braço dele.
- Está com sono?
- Seria meio louco afirmar depois do tanto que dormi hoje! - riu. - Mas, e você? Está?
- Nem um pouco. Deita aqui comigo.
- Não acho que seja uma boa ideia. Posso machucar você...
- Eu estou bem, não se preocupe com isso, só vem. - Insistiu deslizando um pouco pro lado afim de Seder mais espaço pra ela.
- Tá bom.
Antes que repousasse completamente seu corpo na cama, Eduardo a envolveu com um braço, ergueu a cabeça de encontro a ela e a beijou. Isabela virou-se de frente pra ele e continuaram num longo beijo. Quanto mais a beijava, mais excitado ficava e não resistiu em apertá-la contra seu corpo de forma sensual a fazendo notar seus desejos obscuros.
- Você parecia ser mais ajuizado quando eu te conheci!
- E você parecia ser mais audaciosa! - Devolveu. O brilho nos seus olhos indicava o quanto ele estava se divertindo.
- O que quer dizer com isso? Quer transar comigo aqui nessa cama de hospital?
- Eu quero.
Isabela pulou da cama furiosa. Não era possível que ouvira aquilo.
- Ei! Calma Isa. Eu disse que queria, mas não significa que eu vá fazer.
- Então porque disse que quer?
- Porque eu quero, e quero muito você, mas sei do meu estado de saúde e muito mais que isso. Sei que você merece algo especial na nossa primeira vez e estou determinado a te dar isso.
Ela não respondeu. Estava emburrada do outro lado do quarto.
- Eu só estava brincando. Eu juro.
- Então é isso que sou pra você? Um brinquedo?
- Me perdoa. Eu fui um idiota com você.
Ela sacou que ele acabara de se dar conta da inexperiência dela e sentiu mais vergonha ainda.
- Olha, foi uma péssima ideia eu passar a noite aqui. - Virou de costas pra ele.
- Por favor, não diz isso. Eu vou consertar isso. Me desculpe. Isa? Vem até aqui.
Ela se limitou a não responder.
- Isa?
Eduardo sentou-se na cama e lentamente conseguiu por os pés no chão, o passo seguinte foi colocar-me de pé.
- Meu Deus! O que faz de pé? - Ela correu de encontro a ele. O abraçou como se quisesse tomar o peso dele sobre ela. - Volte já pra cama!
Ele apertou ainda mais o abraço firmando ela do modo como ela tentara firmá-lo.
- Me desculpe Isa.
- Ouh! Seu idiota. Ainda não se deu conta de que eu te amo? Anh?
- Eu não vou errar com você de novo...
- Vai sim! E sabe porque?
- Porque?
- Porque a gente vai viver o resto dos nossos dias juntos e não tem como ser perfeito por tanto tempo. - O beijou. - Ah! E só pra constar, você não errou comigo, eu só... Sou muito imatura...
- Você é uma mocinha perfeita! E a partir de agora, faremos tudo no seu tempo, tá bom?
- Tá! Agora deita aí de novo e para de ficar fazendo esforço.
- Deita comigo.
- Já vai começar de novo?
- Não. Eu juro que dessa vez vou me comportar.
- Ok então.
Deitou-se e Eduardo a ajudou a se cobrir. Já estava bem frio.
- Você tá confortável?
- Tô sim. E você?
- Melhor impossível!
- Engraçadinho.
- Eu falo sério. Senti tanto sua falta as outras noites.
- A gente acabou de se conhecer e já me faço tão indispensável assim é?
- Pois é. Eu já me peguei fazendo esse mesmo questionamento. Como isso pode ser?
- Sabe, você poderia ter sido esse cara quando te conheci, as coisas poderiam ter sido diferentes.
- Como eu poderia ter sido? Você já chegou me acusando de pregar peça em você.
- Ah não! Por favor, não me lembra disso nunca mais. - Isabela cobriu o rosto com as duas mãos.
- Tá. Mas me fala, o que pensou quando me viu?
- Que era a coisa mais linda que já vi na vida! - Contou revivendo o momento na sua memória.
- Confesso que fiquei muito curioso pela sua chegada. Mas nunca imaginei que você tomaria logo meu coração sua danadinha! E meus pensamentos!
- Será que é amor Eduardo?
- Não pense nisso, apenas sinta. O que tiver de ser será
- Eu tenho medo de sofrer, sabe. As pessoas dizem que quem ama sofre .
- E quem não ama também! E pelo amor, vale todo sacrifício.
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Teu Amor Me Guia
RomanceEla é apenas uma menina chegando a idade adulta, mas com sentimentos ainda desconhecidos aflorando. De uma maneira toda errada acaba conhecendo outra parte de sua família até então desconhecida. Esperava encontrar tudo, menos alguém que mudasse os r...