Em passos lentos e sonolentos, Kihyun caminhou em direção a sala tentando colocar em ordem seus próprios pensamentos.
O dia anterior havia sido um pouco intenso para suas emoções, principalmente na parte da manhã. Por sorte, durante o período da tarde e da noite, Changkyun pareceu se acalmar consideravelmente e eles voltaram para casa, ficaram vendo filmes até que o cansaço os fizessem ceder. Na verdade, o bombeiro adormeceu primeiro e nada que Kihyun fizesse o acordava, por isso, o mais velho entre eles se certificou de cobrir o corpo alheio e depois ir para cama.
Anteriormente, Kihyun estranhou um pouco aquele cansaço repentino do outro, mas não havia se preocupado. Contudo, ao chegar na sala e encontrar o corpo de Changkyun da mesma forma que a noite anterior, foi impossível não ficar alarmado. Changkyun raramente acordava tarde, ainda mais considerando o quão cedo ele havia adormecido.
Kihyun andou um pouco mais rápido e se agachou ao lado do sofá. Retirou os cobertores do corpo do outro e o virou, podendo observar claramente a face de Changkyun. Seus fios estavam mais desgrenhados que o normal, pois estavam úmidos pelo próprio suor do bombeiro, e sua pele estava avermelhada demonstrando a alta temperatura da mesma.
A mão de Kihyun foi em direção a testa de seu companheiro, confirmando o que já era esperado. Changkyun queimava em febre.
- Chang! – Kihyun chamou, mas somente recebeu um resmungo em réplica. O outro parecia estar tão abatido ao ponto de não conseguir o responder. – Merda... o que eu faço?
Kihyun tentou não deixar que o desespero o tomasse. Respirou fundo e se relembrou do que sua própria mãe fazia consigo quando era criança. Para lidar com a febre, ela não o deixava ficar com cobertores excessivos e o vestia com roupas leves. Quando sua febre estava muito alta, sua mãe lhe dava um banho morno e alguns remédios. Kihyun teria que ligar para a mesma para a perguntar quais eram os tais remédios, mas antes de fazer isso precisava tomar ações imediatas para abaixar a febre.
- Chang, eu preciso que você me ajude. – Comentou baixo afastando os cobertores. – Eu preciso te dar um banho, mas você precisa de fazer um pouquinho de força porque eu não conseguirei sozinho.
Kihyun recebeu como respostas mais alguns resmungos. O editor passou um de seus braços ao redor das costas de Changkyun e o outro atrás de seu joelho. Com um pouco de esforço, Kihyun carregou o corpo fraco do bombeiro e andou com cuidado em direção ao banheiro.
Estando próximos daquela forma, Kihyun pode sentir como o corpo de Changkyun estava quente. Imaginou por alguns segundos o que aconteceria se tivesse ficado mais alguns minutos na cama, será que Changkyun começaria a ter convulsões? Talvez não fosse momento de pensar sobre aquilo, o importante agora era cuidar do outro o mais rápido possível.
Ao entrar no banheiro, Kihyun ficou com dúvida de onde deixaria Changkyun. No final, acabou o colocando dentro da banheira ainda de roupa. Usou uma toalha para usar de travesseiro e impedir que o bombeiro machucasse sua cabeça. Em seguida, abriu a torneira e conferiu a temperatura. Morno.
- Agora eu preciso tirar suas roupas. – Falou mais para si mesmo do que para Changkyun. – Me desculpe.
Kihyun tentou retirar a camisa de Changkyun, mas na posição que estava era quase impossível. Por isso, retirou sua própria camisa, e ficando apenas com seu short de pijama, entrou na banheira permitindo que fosse mais fácil de manipular o corpo do outro. Com cuidado, retirou a camisa e calça de Changkyun, acabando por se molhar todo no processo.
Tentou ser muito delicado ao passar o sabonete no corpo do outro, retirando os requisitos de suor. Passeando os dedos pela tez, Kihyun sentiu a temperatura se atenuando aos poucos. Changkyun ainda parecia mais inconsciente do que consciente. E por isso o editor pensou se deveria retirar a cueca preta que o mesmo usava, se sentindo mal por ver a nudez de Changkyun enquanto este estava indefeso.
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Memórias do Jardim Secreto {Changki} - Completo
Romance[Changki] - [Changkyun X Kihyun] - [au!Bombeiro] Lim Changkyun era um bombeiro e, naquela tarde, atendeu um chamado. O que não jamais imaginou era que naquele dia iria tirar das chamas a pessoa que mais amava, uma triste coincidência que quase custo...