De volta a Coreia!

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Moonbyul entrou em seu conversível alugado e rumou para o aeroporto onde pouco tempo depois embarcou em seu avião com destino ao centro da Coreia, sua cidade natal e local onde residia a sede da sua empresa.

A platinada estava uma pilha de nervos, toda aquela responsabilidade sobrecarregava a jovem, que mal sabia lutar com seus próprios demônios. Moonbyul passou em seu luxuoso apartamento e tomou um relaxante banho antes de partir rumo a empresa, a qual ela não pisava havia quase um mês.

Desembarcou na portaria do edifício todo trabalhado em vidro e mármore branco e suspirou, sentindo o cheiro bom de eucalipto que emanava deste. Sentiu a saudade nostálgica invadir seu peito por uns segundos e sorriu de canto ao observar os funcionários espantados com sua volta. Ela amava aquele lugar, mais do que a si mesmo. E o odiava na mesma medida. A mulher desfilou pelo saguão principal, que ecoava o som de seu salto quando este tocava o chão de mármore tão branco e limpo, que refletia quem olhasse com bastante nitidez. Entrou no elevador revestido em camurça vermelha e apertou o vigésimo quarto andar. A porta se abriu e Moonbyul sentiu-se em casa. Estava finalmente em seu território.

- Bom dia, Kim - cumprimentou educadamente a funcionária que estava em sua mesa meia-lua preta, visualizando algo no 'tablet' da empresa.

- Ahn? O quê? Bom dia, senhora - respondeu atrapalhando-se com sua presença.

- Ficarei na minha sala o resto do dia, me envie os relatórios dos meses que fiquei fora, por favor. O mais rápido que possível - ordenou calmamente, em seguida entrou pela porta de vidro branco fosco da sua sala.

A mulher respirou aliviada, passou a mão por sua mesa verificando se precisaria demitir alguém ali, e se decepcionou por sua sala estar impecavelmente limpa. Deu a volta em sua grande mesa de vidro preto, e bronze e sentou-se em sua cadeira de encosto grande e confortável, revestida em couro suíço preto com detalhes em bronze, contrastando com a mesa. Repousou a cabeça levemente sobre o encosto da cadeira e inspirou profunda e pesadamente. A imagem de Hwasa surgiu em sua mente, seu corpo balançando lentamente, movimentando-se harmonicamente com a música que tocava ao fundo, enquanto as luzes da 'boate' dançavam sobre suas curvas perfeitamente definidas. Seu corpo quente e suado envolvido no som e movimentos da dança. Moonbyul mordeu os lábios impedindo que um afago de prazer memorial escapasse e sorriu. Suas mãos subiram por suas coxas, e ela desabotoou a calça social bege que ela usava, o zíper foi suavemente aberto enquanto o corpo sensual e semi despido de Hwasa rebolava quente em sua memória. Moonbyul escorregou com cuidado a mão para dentro da calça e suavemente iniciou alguns movimentos em seu ponto de prazer sob o pano fino da calcinha de renda vermelha que ela usava. Seu dorso se arqueou levemente para trás, enquanto sua mão se mexia freneticamente proporcionando-lhe um prazer sem igual. Imaginou Hwasa nua, dançando e provocando somente a ela, e enlouqueceu. Com a outra mão, tateou seu corpo, apalpou seus seios.

Do lado de fora da sala, ouviu uma voz conhecida que lhe tirou imediatamente dos seus devaneios e do seu momento de prazer. Ela se sentou direitamente na cadeira e abotoou a calça. Em uma tentativa falha de se recompor, ela suspirou tentando controlar sua respiração que estava ofegante.

- Deixe eu avisá-la de que você está aqui. Só um momento - disse a secretária, batendo a porta da sala e abrindo-a em seguida.

- Ora bolas! Não precisa avisar! Moonbyul está mais que acostumada com a minha presença - entrou na sala, empurrando grosseiramente a secretária. - Não é mesmo, amor? - disse a mulher desfilando para a mesa da platinada, e se debruçando sobre esta.

- Pode se retirar, por favor - ordenou a funcionária que estava com olhar de surpresa no rosto. Ela concordou e saiu fechando a porta.

- O que você está fazendo aqui, Rebecca? - questionou Moonbyul.

- Isso é jeito que tratar o amor da sua vida? Você devia estar me enchendo de carinho agora - retorquiu, e deu a volta na mesa, parando de frente para a platinada.

- Você não está em boas faculdades mentais, não é, Rebecca? Você perdeu a porcaria do seu juízo? Bateu a cabeça no banheiro do seu luxuoso apartamento em Paris? Ou esqueceu que nós já terminamos há meses? - sua voz desdenhosa.

- Nós, nada! Você terminou comigo antes de assumir a empresa da sua família. Me abandonou na Europa e veio para Seul sem nem me comunicar, acordei e você partira. E quando tentei entrar em contato você trocou de número e nem se dignou a me dar uma satisfação - revirou os olhos impaciente e jogou a bolsa em cima da mesa.

Moonbyul se levantou e foi até o barzinho, no canto da sala. Pegou dois copos de uísque quadrados, e com desenhos externos e colocou sobre o vidro da mesinha do bar. Jogou pedras de gelo em um dos copos que tilintou suavemente com o toque delas. Pegou uma garrafa de Bourbon e despejou uma dose dupla em cada um deles, tomou-os em suas mãos e estendeu a mão esquerda, cujo qual carregava o copo com uísque e gelo. A mulher alta e corpulenta, de cabelos longos pretos e sedosos caminhou educadamente até a platinada e pegou o copo com desconfiança no olhar. Foi até o sofá de couro macio e sentou-se, cruzou as pernas e levou o copo até sua boca, deixando o líquido escorrer por seus lábios carnosos e rosados. Suspirou apreciando e sorriu sem humor.

- Seu bom gosto para bebida continua o mesmo. E ainda se lembrou de como gosto do meu Bourbon que - concluiu. Seu olhar correu pela sala e parou em Moonbyul. - Você não imagina como me senti ao saber que você era a mais nova magnata da Coreia do Sul. Você apareceu na televisão e tudo, está muito famosa e bem falada por aí - brincou.

- Você não devia estar aqui, Rebecca. O que tivemos nem pode ser considerado um relacionamento. Era só... sexo. Apenas isso - disse com malícia e sentou-se ao lado da morena de olhos verde-esmeralda.

- Então fui só um brinquedo para você? - retrucou Rebecca com chateação na voz.

- Exatamente! - não se magoe por isso. Eu apreciava a sua companhia - sorriu e levou seu copo com uísque puro aos lábios, derramando o que restava de seu conteúdo.

Rebecca aproximou seu corpo ao de Moonbyul e mordeu os lábios carnosos, seu rosto estava tão próximo ao da platinada que era possível sentir a sua respiração acelerar, e seu delicioso hálito de hortelã misturado cheiro ácido do Bourbon. Sorriu impiedosa, se divertindo com a reação da mulher. Com a ajuda se suas mãos, encostou o dorso de Moonbyul no encosto do sofá e sentou-se em seu colo, jogou seu cabelo longo para trás e chupou o lábio inferior da outra, provocando-a. Moonbyul puxou a morena pela nuca e por segundos resistiu antes de iniciar um beijo lento e quente. Suas línguas dançavam lentamente em suas bocas, Moonbyul passeou com as mãos pelo corpo curvilíneo de Rebecca, que se arrepiou com os toques da platinada. A morena começou a movimentar seu quadril lentamente para frente e para trás, sentindo o beijo ficar cada vez mais ardente e desejoso, e Moonbyul ansiar cada vez mais por seu toque, seu corpo.

As mãos de Moonbyul foram às costas de Rebecca e, com delicadeza, abriu o zíper do seu vestido verde musgo, que estava colado em seu corpo, realçando suas curvas. A boca de Rebecca distribuía beijos pelo pescoço da platinada, enquanto esta, massageava seus seios com as mãos. Moonbyul por um instante viu Hwasa, e cedeu ainda mais a Rebecca.

- Oh! Hwasa... - soltou Moonbyul, em um gemido rouco, presa em seus devaneios.

A mulher sentiu a mão pesada de Rebecca cair sobre sua face, e abriu os olhos, assustada. Passou a mão no local do rosto onde havia sido deferido o tapa. Ardia. E estava vermelho.

- Que porra você está fazendo? - indagou-a.

- Você tá de sacanagem? Me chamou de Hwasa... Quem é essa vagabunda? - retorquiu furiosa, saindo de cima do colo da platinada.

Rebecca arrumou sua roupa, pegou sua bolsa e saiu sem dizer mais nada. Seus passos pesados, seu rosto avermelhado e a força com que bateu a porta ao sair denunciavam seu ódio.

Between Us || HwabyulOnde histórias criam vida. Descubra agora