1º Capítulo

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-Uma quarentena, quarenta dias quarenta noites foi o tempo preciso e necessário para me fazer apaixonar pelo rapaz de sonho,vocês podem conhece-lo como pai para mim na altura era o Du,Duarte quando estava chateada com ele.Sabem meninos se nos não tivéssemos ficado confinados no mesmo quarto durante esses dias eu acho mesmo que eu e o vosso pai nunca nos tínhamos apaixonado.

-Como assim uma quarentena mãe, o que vos aconteceu?-Diz a Matilde a minha filha mais nova que agora largou o seu telemóvel e sentou se no sofá ao lado do Dinis seu irmão mais velho para ouvir esta historia.

-Faz hoje precisamente 25 anos que nos ficamos de quarentena no hospital.-Digo e os meus filhos olham para mim a espera da continuação da historia.

- Então mulher conta nos o que aconteceu nos queremos saber.-Diz o meu filho olhando para mim e ajeitando se no sofá eu faço o mesmo preparando me para contar a historia da tragédia, da preocupação que acabou por se tornar um dos melhores momentos da minha vida.

-Era o dia 6 de Abril de 2021 eu tinha 18 anos estava no primeiro ano da faculdade e este era o primeiro dia de aulas depois da pascoa.As 7 da manha entro no autocarro e como todas as terças feiras la estava ele o Duarte meu amigo de longa data, na verdade conhecíamos nos há 13 anos já.-Começo a contar a historia e memorias dessa altura invadem a minha mente.

Flashback

-Oi Du.-Digo sentando me ao lado do meu colega no autocarro ele esta com a cabeça encostada a janela praticamente a dormir é um dos problemas de acordar as seis e tal da manha as viagens de autocarro dão vontade de dormir.

-Ola Leonor.-Diz dando me um beijo na cara e boceja de seguida

-Muito sono?-Pergunto olhando para ele e rindo.

-Nem me digas nada,uma semana em casa eu deixo de estar habituado a acordar tão cedo não sei como consegues estar tão alegre a estas horas da manha .-Diz ele bocejando outra vez.

-É um dom meu caro eu estou sempre bem disposta.-Digo e mal acabo de falar oiço um grito e um barulho de algo pesado a cair olho para a frente e uma senhora esta no chão a ter uma convulsão.

-Senhor motorista pare o autocarro esta senhora não se esta a sentir bem alguém chame uma ambulância.-Diz uma senhora idosa que se encontrava ao pé do corpo agora desmaiado no chão do autocarro,o motorista ligou para o 112 e foi lhe pedido que ninguém saísse do autocarro nos concordamos e ficamos la todos sem saber o porque de não podermos sair.Um tempo depois chegam varias ambulâncias e médicos em fatos de hazmat eu comecei a ficar preocupada.

-O que será que aconteceu Du?-Pergunto ao meu amigo mesmo sabendo que ele não sabe de nada do que se esta a passar.

-Perguntas me a mim tu é que estas a estudar medicina não sou eu.-Diz ele tentando aliviar um pouco da tensão que havia.

-Para eles estarem assim vestidos é porque algo de grave e muito contagioso esta a acontecer,eles estão a entrar vamos ver o que vão dizer.-Digo olhando para a porta a espera de algum tipo de explicação.

-Bom dia,por favor não entrem em pânico mas nos achamos que esta senhora se encontra infetada por um vírus bastante contagiante e precisamos que todos vocês venham connosco vamos ter que vos colocar em isolamento e realizar alguns testes por favor saiam ordeiramente do autocarro e acompanhem os senhores que estão la fora para uma das ambulâncias.-Diz um homem que assumo que seja um medico.

Sinto uma mão na minha e percebo que é o Duarte ele olha para mim e eu consigo ver a preocupação misturada com medo nos seus olhos,eu com certeza estou com o mesmo olhar eu agarro a sua mão e digo um "vai ficar tudo bem" mesmo não sabendo o que podia vir a acontecer. Saímos do autocarro e quando passamos pela senhora desmaiada no chão eu tentei perceber todos os sinais de possíveis sintomas que ela tivesse para poder estudar o que poderá ter acontecido naquele autocarro. Já cá fora sou encaminhada para a ambulância que me leva ao hospital pelo caminho o paramédico que me acompanhava ligou aos meus pais a informar da situação, a minha mãe deve ter ficado apavorada. Já no hospital fui direcionada para uma das salas de quarentena tive que retirar todas as minhas roupas e tomar um banho só de seguida pode entrar dentro do quarto que seria a minha casa nos próximos quarenta dias foi me dito que iriam ficar duas pessoas por quarto e eu rezei para ficar no mesmo quarto que o meu colega,sendo que tenho que ficar quarenta dias presa com alguém que seja alguém que eu conheço.

Entro no quarto e lá encontra se um medico para me tirar sangue eu perguntei se eles sabiam o que tinha acontecido, ele disse que tinham suspeitas de um vírus e não sabiam se poderíamos ter sido infetados então os testes eram uma precaução mas que em principio como a senhora não entrou em contacto direto com nenhum de nos antes de ter a convulsão é improvável que tenhamos sido infetados.Eu contei-lhe tudo o que vi e os sintomas que achei que a senhora apresentava,ele ficou bastante impressionado com o meu conhecimento da medicina.Quando o medico acabou a colheita do meu sangue alguém entra na sala eu olho para a porta .


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Nota da Autora:

Esta é  historia da Leonor e do Duarte,eles vão percorrer um longo caminho ao longo dela e voces são bem vindos a percorre-la com eles.

deixem gosto e comentem se gostarem.

Espero que gostem.

Quarenta dias  Quarenta noitesOnde histórias criam vida. Descubra agora