14ºCapítulo

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É hoje o dia,hoje o Duarte faz dezanove anos e não faz ideia da surpresa que tenho pronta para ele foi difícil manter isto em segredo nestes últimos dias pois eu tinha que confirmar todas as pessoas que vinham e entregar a lista ao medico e o Duarte estava a ficar desconfiado pela quantidade de mensagens que eu estava a receber e por um momento achei que tudo tinha ido por agua abaixo,quando ontem o Rodrigo me mandou mensagem a dizer que do lado dele estava tudo preparado enquanto o Du tinha o meu telemóvel na sua mão eu acreditei que ia ter que lhe contar toda a verdade,quando ele me perguntou o que estava preparado eu tentei mentir-lhe e disse que tinha pedido ao Rodrigo para comprar por mim a prenda de anos da minha sobrinha que faz anos dentro de uns dias e felizmente o Duarte acreditou na minha mentira fazendo-me suspirar de alivio.

Acordo e a primeira visão do meu dia é o aniversariante deitado a dormir calmamente ao meu lado,pois nós temos dormido todas as noites um ao lado do outro,levanto me um pouco e começo a saltar na cama par o acordar quando vejo os seus olhos a começarem a abrir eu começo a gritar parabéns e a saltar mais, o Duarte vira-se de frente para mim com cara de poucos amigos pois estava chateado por eu o ter acordado depois senta se na cama sem dizer uma palavra eu salto para cima dele abraçando-o

-Parabéns, Parabéns,Parabéns.-Eu digo quando desfaço o abraço ele continua calado a olhar para mim

-Então não vais ficar chateado por eu te ter acordado pois não,são os teus anos eu não te quero amuado.-Eu digo ele olha para mim mais uma vez antes de me agarrar os braços virando me fazendo com que eu fique deitada na cama e ele por cima de mim e quando o faz começa a fazer me cocegas e começa a rir se,eu a achar que ele estava chateado e o rapaz estava a brincar comigo.

-Eu a achar que estavas chateado e tu a brincar.-Eu digo após recuperar o ar depois ele para as cocegas.

-Primeiro bom dia,segundo obrigado,terceiro por acaso ate estou um pouco chateado tu não devias andar a saltar pode fazer te mal sabes que não podes fazer muitos esforços ainda não estas recuperada.-Ele fala olhando me nos olhos mas mantendo se no mesmo local onde se encontrava

-Eu estou bem Du e vou continuar não te preocupes especialmente hoje,hoje o dia é sobre ti.

-Tu já sabes que eu me preocupo sempre,promete me que tens cuidado e fazes tudo o que o medico falou,eu só te quero ver bem Lee.-Ele fala abraçando-me e eu sussurro lhe ao ouvido eu vou ficar bem prometo

-Também gostava de poder começar o meu aniversario tão bem como tu.-Diz uma voz que eu desconheço,desfazemos o abraço e ambos olhamos para as pessoas a nossa frente e ai pode confirmar que realmente não sei quem são aquelas quatro pessoas que se encontram do outro lado do vidro.

-Cat!-Diz o Duarte atirando se da cama para fugir da minha beira até caiu de cu no chão por causa do salto,esta agora doeu me esta rapariga deve ser muito importante para ele se ele ate se atirou para o chão para fugir de mim,depois da sua pequena queda que gerou uns quantos risos dos seus amigos o Duarte levantou se e foi para perto do vidro eu mantive me sentada na cama imóvel,preciso de um tempo para organizar a minha mente

-Então gente como estão.-Diz o Duarte

-Parabéns.-Os dois rapazes e as duas raparigas presentes gritam para o meu amigo

-Posso fazer te uma pergunta Du quem é a gatinha ali sentada na cama.-Diz um dos rapazes quando percebo que eles estão a falar de mim eu viro o meu olhar para eles a tempo de ver que o rapaz que falou foi o rapaz de cabelo preto e a pele mais morena

-Tu nem tentes Afonso,esta é a Leonor,é a minha melhor amiga e não é para ti,Lee anda cá conhecer os meus amigos.-O Du fala olhando para o seu amigo e de seguida para mim,num momento esta a fugir de mim no outro já me esta a proteger não o entendo,com cuidado levanto me da cama e meto a mão na cicatriz eu não devia ter saltado tanto agora esta a doer-me quando finalmente me levanto vou com muito cuidado para o lado do Duarte

-Lee,o que se passa esta a doer te os pontos não é,eu disse que não devias ter saltado,queres que chame um medico.-Diz o Du muito rápido com um ar preocupado.

-Não,esta tudo bem é só um desconforto no local dos pontos já passa.-Eu reconforto-o

-O que é que a rapariguinha tem,tanta coisa ate parece que esta a morrer.-Diz uma rapariga loira de olhos azuis muito bonita,não gostei dela quem é que ela pensa que é para falar de mim assim sem saber o que me aconteceu ainda bem que há um vidro entre nós porque não ia ficar satisfeita sem lhe pousar uma mão naquela cara

-Cat,não fales do que não sabes,por acaso ela ate esteve sim a morrer eu doei lhe um bocado do meu fígado para a salvar.-Diz o Du tirando a sua camisola para verem a cicatriz,também não era preciso eles verem o Duarte meio despido,se eu já não gostava da tal Cat agora é que não gosto mesmo dela então depois do olhar que ela fez quando viu o Du sem camisola é que não gostei mesmo.

-Ola Leonor,sinto muito pelo que aconteceu espero que melhores,eu sou a Marta.-Diz a rapariga morena fazendo um sorriso carinhoso desta rapariga eu gostei

-Ola Marta,e desculpem mas não sei o vosso nome.-Digo olhando para os outros

-O que te chamou gatinha é o Afonso,o Loiro que parece estar mais a dormir que acordado é o Luís e esta a Cat.-Diz o Duarte apontando para cada um dos seus amigos enquanto me dizia o nome dos mesmos eu começo a pensar e lembro me de ter visto todos estes nomes na lista de convidados para a festa dele logo,vai ser uma longa noite se eu tiver que ver os olhares trocados pelo Duarte e a tal Cat, uma longa noite.

-Muito prazer.-Eu digo

-Quando saíres daqui eu posso mostrar te o prazer querida,olha que não é nada parecido com o momentinho que tu e o Du estavam a ter quando nós aparecemos.-Diz o tal Afonso eu não gostei nada da conversa

-Coitadinha a rapariga ate se assustava contigo.-Fala o Loiro,Luís

-Afonso já te avisei,a Leonor esta fora de limites há imensas raparigas desesperadas o suficiente para dormir contigo ela não é uma delas.-Fala o Du,já percebi que o rapaz é um mulherengo,tudo bem que ele é bonitinho mas se chega assim as raparigas não quem é que o vai aceitar

-Calma rapaz eu estava a brincar,só a brincar.-Diz o amigo do Du

-Duarte eu não preciso que ninguém me defenda eu sei muito bem fazer as minhas decisões,já para ti Afonso não é, primeiro tu bem que querias mas nunca na tua vida vai acontecer,segundo não é que seja da tua conta mas aquilo que tu viste foi uma amiga a dar um abraço de parabéns ao seu amigo e salvador,eu ate me esqueci Du eu sou mesmo a tua melhor amiga.-Eu disparo,e faço a ultima pergunta com uma pequena esperança

-Claro que és Lee,tens sido o meu maior apoio aqui dentro.-Ele diz e abraça me quando desfazemos o abraço eu olho para os seus amigos e a Cat estava a olhar para nós com cara de chateada,eu já disse que não gosto nada dela

-Tu também és o meu melhor amigo,quer dizer depois do Rodrigo mas não lhe contes que eu te disse isto.-Eu digo abraçando-o outra vez ao fazê-lo noto a Cat a revirar os olhos eu dirijo o meu olhar para ela e sorrio deixando a muito chateada,de a deixar assim eu gostei.

Quarenta dias  Quarenta noitesOnde histórias criam vida. Descubra agora