Capítulo 4

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"Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles que lutastes"

- Sigmund Freud

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Continuação...

Meu primeiro ato foi correr em direção do guarda-roupa, retirando de lá uma calça motelom e um casaco bem grosso. Ainda sentia a adrenalina correndo em meu corpo, meu temor era que aquele homem acordasse. Só conseguia pensava em sair dali o quanto antes.

Ainda meio zonza desço as escadas desesperadamente e rapidamente alcanço a sala. Quando chego frente a porta, por alguns segundos exito em abri-la... Olho para as escadas e respiro fundo, minha cabeça rodava a mil, mas não tinha volta, eu não aguentaria viver nem mais um segundo naquele lugar.

Ali eu estava condenada.

Quando finalmente atravesso a porta, fecho meus os olhos com força ao sentir o vento que a noite fria lançava sobre mim.

Começo a me distanciar da casa com passos vacilantes, abraçando meu próprio corpo e sentindo meu coração bater de forma descompassada. Olho uma última vez para trás antes de sumir naquela escuridão.

Um nó começou a se formar em minha garganta, estava completamente sem rumo. Exausta mentalmente, psicologicamente e fisicamente. Tudo em mim pedia descanso.

Ando por longos minutos até me deparar com uma praça ao virar uma das muitas esquinas... Vejo um cercado cheio de flores e árvores, o pulo e me permito sentar ali por alguns instantes. Respirando fundo ao observar o vazio.

Me deito e ao olhar para o céu, me surpreendo ao ver o mesmo estrelado. As estrelas haviam sido a platéia de minha tragédia. Já a lua estava tão brilhante e ela que tão linda e sempre generosa parecia me acolher daquela solidão...

Escuto barulhos ao meu redor e acabo me assustando, rapidamente me levanto. Havia adormecido sem ao menos perceber... já estava amanhecendo, o mundo estava começando a acordar.

Naquele momento finalmente minha ficha parece cair. Me encosto na árvore mais próxima colocando a mão sobre o rosto, me permitindo chorar.

Estava me sentindo realmente fraca e decido apenas ficar ali, perdida em pensamentos.

O que seria de mim agora?

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Olá, como estão? Espero que bem e se cuidando nesse tempo tão difícil de isolamento. Me desculpem pelo capítulo pequeno, mas ele foi necessário para entramos em outra parte da história de nossa Luna.


Gratidão!!


Luz LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora