Ragazze

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Um tiro, dois tiros, três tiros são disparados da caixa de prata fria e mortífera

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Um tiro, dois tiros, três tiros são disparados da caixa de prata fria e mortífera. O alvo apresenta três perfurações na cabeça. Foco. Precisão. Concentração.

Armas matam, e também relaxam a minha mente.

Mirar, atirar, respirar.

Eu repetia isso todas as vezes em que eu apertava o gatilho. Descarrego a arma e coloco na bancada de metal, logo depois é a vez dos óculos de proteção, e os "tapa ouvidos" como eu os apelidei.

Victoria me esperava do lado de fora da sala. Eu diariamente a chamava para fazer essas aulas comigo. Sempre recusadas com sucesso.

Sua desculpa foi a seguinte frase: "Eu não consigo segurar uma coisa que mata pessoas, mesmo que inocentes ou não. Meu coração e minha mente não deixam."

Iremos ser eternamente opostos iguais.

Ando com passos lentos e preguiçosos para fora da sala. Estava cansada, muito cansada. Meus pés estavam completamente doloridos dos saltos, e minha mente completamente exausta da conversa com a minha mãe.

A megera desde sempre foi uma mentirosa, todavia dessa vez ela falou a verdade, estávamos sendo ameaçadas pela mesma pessoa, infelizmente tudo poderia ir por água a baixo. Por isso ambas as partes estavam tentando ao máximo se manterem calmas e relaxadas, para que nada desse errado.

Teríamos que ser perfeitas.

Odiava fazer isso, porém esse segredo continuaria guardado entre as cinco pessoas. Até que duas dessas pessoas morressem eu teria que fingir plenitude e ser blindada.

Tudo estava indo totalmente bem. Lion e eu com nossos joguinhos, papai e seu discurso, minha mãe longe de mim, mas nem tudo é um mar de rosas. Isso era um fato.

Despertei dos meus devaneios. Peguei na maçaneta e girei, entrando na sala de vidro em seguida.

— Amiga, você fica uma gostosa atirando, mas nunca pegue uma arma para matar ninguém. A cabeça da pessoa vai explodir na hora.

— Quem eu mataria? — Seu olhar demonstrou o óbvio. — Está bem, eles dois eu mataria, e teria total razão.

— Verdade. Você não me falou nada sobre a festa da empresa, me desculpe por mentir sobre a virose, é que eu realmente não queria ver seu pai.

— Eu te entendo completamente, mesmo assim não adianta fugir. — Avisei — Bem, sobre a festa é... Talvez eu tenha me esfregado nele? E talvez ele tenha me provocado bastante ao nível de ter de usar meus dedos?

— O quê? — Seu semblante assustado me mostrou uma coisa: Eu nunca fiz isso, mas Lion está me mostrando que eu consigo ser uma safada completa.

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