Intenso

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Meu corpo tensionou, a merda toda poderia ser jogada no ventilador, mas isso seria o vexame de toda a minha vida

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Meu corpo tensionou, a merda toda poderia ser jogada no ventilador, mas isso seria o vexame de toda a minha vida.

O olhar de dúvida e curiosidades de Gabriela, estimulava minha mente a ter flashbacks de tudo que eu passei.

Caralho

Nunca tinha percebido toda a porra que eu passei, era nojento, a situação era repugnante. Dennis, Senhor Lincon e todos eram asquerosos.

— Dennis, por favor nos leve até a sala principal. — O clima ficou pesado, o que já era ruim, piorou.

Deixei com que meus ombros caíssem para trás, as lágrimas queimaram meus olhos e o meu peito se abriu. A ferida que estava cicatrizando, sangrou, de novo.

Com as costas da mão, limpei a água quente e salgada que relutava em descer de meus olhos.

Gabriela e Dennis estavam mais a frente, diálogando sobre a empresa. Ouvi algo sobre uma revista de CEOs, aparentemente estavam desejando que eu e Gabriela falassemos dicas sobre como ter sucesso.

Não era um assunto tão didático, entretanto, poderia ser explicado um pouco por cima.

— Lion — As mãos pequenas e finas apertaram meu braço. — Vamos agora para o refeitório, não me diga nada, só venha.

Assenti. Partimos rumo ao refeitório, um total de zero palavras. Meu plano de conquistá-la era minha prioridade nessa viagem, todavia eu não contava com meu passado aqui.

As cadeiras enfileiradas de cores diversas eram muito bonitas, faziam com que o ambiente se tornassem algo menos trabalho, e mais diversão. Estava vazio, ainda não era horário de almoço.

— Senta, agora.

Sentei-me na primeira cadeira a minha frente. De frente para outras mesas.

— Sim, soldado. — Essa brincadeira não tirou o semblante sério que habitava seu rosto.

— O que está acontecendo? — Não, essa pergunta não. — Eu vi lágrimas descendo dos seus olhos, aquilo me machucou, odeio ver pessoas chorando.

Sua frase revirou meu estômago.

— Não posso...

Senti o peso e o calor de sua mão sobre a minha, não era um olhar de pena, era um olhar de dúvida. Seus dedos se movimentaram, fazendo vai e vem.

— Eu respeito seu espaço pessoal, só não se machuque, se não está confortável, podemos voltar para o chalé.

Estava ansiando para voltar ao chalé, não poderia negar.

— Vamos voltar. Levarei as planilhas e as propostas das empresas para o chalé. Pode voltar para o carro, me aguarde.

O rangido do salto cessou. Fui até a saída do refeitório. Dennis estava bem no canto da parede cinza, me esperando.

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