「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」
Após romper as relações com a minha família e passar quatro anos namorando o homem que me motivou a deixar tudo para trás, finalmente me dei conta de que nada valeu a pena. O tempo passou e nós estávamos no mesmo lugar, ele...
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Alguns minutos se passaram e até pudemos ouvir um tiro através do rádio, porém isso não era nada alarmante. Além de terem recebido a ordem clara de não machucar ninguém, todos os meus empregados usavam supressores em suas armas e o barulho dos disparos não era tão estridente ao ponto de os vizinhos escutarem facilmente através da música alta que se espalhava pela casa. Calmo sobre o resultado positivo daquela ação, aguardei pacientemente ao lado de Holmes. Conferi algumas mensagens no celular, abri dois botões da minha camisa e também bebi um pouco de água durante a espera. Apesar da demora, tudo estava muito bem controlado e eu já me encontrava mais calmo.
— Está pronto, senhor. — Um deles nos comunicou.
— Abaixem o volume do som aos poucos pra não chamar a atenção dos vizinhos. — Ordenei enquanto abria a porta do carro. Em seguida, puxei as mangas da camisa para baixo, voltei a abotoá-las e vesti o meu paletó. — Tenho que estar apresentável pra visitar a família, não é? — Sorri para Holmes, que riu. — Quero concluir o meu objetivo em uma hora, no máximo. — Falei quando iniciamos o trajeto até a residência. — Marque o tempo.
— Certo.
Passamos pelos empregados que ficaram responsáveis por cuidar da porta e foi impossível continuar sério ao ver as dez pessoas amontoadas nos dois sofás da sala. Tive que rir. Todas elas foram obrigadas a manter os olhos fechados e agora estavam ali... Prontas para seguirem o meu comando. Após alongar o meu corpo tenso, alinhei os meus cabelos bagunçados pelo vento forte da rua e abotoei o meu paletó. Mesmo desesperado e destruído por dentro, eu queria parecer fisicamente bem para aquelas pessoas que um dia se sentiram no direito de julgar a minha namorada.
— O que pretendem fazer conosco? — O pai de _______ questionou alto. Sempre bancando o corajoso... Que saco! Não tenho paciência. — Nós não temos dinheiro aqui.
— Cala a boca, velho! — Polk gritou e eu ri. — Quer a peça, senhor? — Assenti lentamente com a cabeça e estendi o meu braço na sua direção apenas para segurar a minha AR-15 dourada com poucos detalhes na cor roxa. Tão linda quanto potente. Ela era uma arma única no mundo e eu fiz questão de que essa informação, além de uma fotografia, vazasse para a imprensa internacional. — Eles podem abrir os olhos? — Voltei a concordar com um aceno. A minha equipe me conhecia bem e era óbvio que já havia percebido que eu queria causar um impacto nos meus sogros. — Abram os olhos. — Ordenou e logo foi atendido.
— Vo... Você? — A mãe de _______ sussurrou e eu exibi o meu melhor sorriso para ela.
— Surpresa! — Chacoalhei o meu fuzil, vendo a mais velha engolir em seco. — Como vai, sogrinha?
— Seu desgraçado! Por que está fazendo isso? — O meu sogro, irritante como todas as vezes, gritou. — A minha família está aqui! — Observei o meu entorno com pouco interesse e soltei uma lufada de ar. — Nos liberte agora!
