04 • Último encontro

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— Você sabe que eu não quero voltar pra vida que tínhamos, não sabe? — Encarei-o em completa seriedade, buscando mostrar que estava firme na minha decisão de viver com dignidade

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— Você sabe que eu não quero voltar pra vida que tínhamos, não sabe? — Encarei-o em completa seriedade, buscando mostrar que estava firme na minha decisão de viver com dignidade. — Sabe que a minha história está sendo reorganizada e que...

— Retomar o namoro sem que o motivo do nosso término esteja resolvido está fora de questão. — Completou, também sério. — Eu estou ciente e de acordo. — Suspirou. — Preciso te dizer umas coisas, mas vamos deixar pra depois. — Sorriu brevemente. — Ter você aqui agora apenas significará que teremos mais um tempo juntos.

— Tudo bem... — Concordei após respirar fundo e me livrar dos pensamentos negativos. Eu queria seguir os meus sentimentos e optei por esse caminho ao permanecer, então não valeria a pena deixar de aproveitar aquele momento por causa de lamentações. Taehyung não desistiria do crime por mim e é frustrante, sim, mas o que fazer? Além de estar totalmente atenta ao que sinto, nada. — Vou ficar aqui ao seu lado enquanto você dorme e descansa. Pode ir dormir.

— Vai fazer a minha segurança? — Os seus olhos me observavam em completa atenção e o seu sorriso de satisfação me fez rir.

— Sim, eu vou fazer a sua segurança. — Afirmei, sorrindo ao lembrar das vezes que disse aquilo; geralmente quando o Tae estava estressado com a possibilidade de algum dos seus inimigos atacar um polo de distribuição ou até, nos casos mais críticos, a nossa casa. — Como antes.

— Ótimo. Me sinto mais tranquilo. — Brincou e nós dois rimos juntos. — Se quiser algo, peça ao Holmes ou ao Polk. — Deitou-se sobre o colchão e cobriu o corpo com o edredom. — Ah, que maravilha... — Bufou alto, levemente irritado. — Estou tonto.

— Pense nos goles de uísque que tomou. — Provoquei e ganhei um olhar contrariado como resposta. Não segurei a risada. — Bons sonhos.

— O que vai ficar fazendo?

— Vou falar com a minha chefe e talvez trabalhe pelo celular. — Encolhi os ombros. — Não sei.

— Pode usar o meu notebook, se quiser. — Apontou para uma porta distante de nós dois. — Ali é o meu escritório. Você pode ficar lá.

— Obrigada. — Sorri brevemente, esforçando-me para disfarçar o choque.

O quarto de Kim era tão grande que até tinha passagem para um escritório! E a minha varandinha mal abrigava uma cadeira e um banco! Esqueça essa parte tão fútil, _______. Você tem uma vida digna agora e isso é muito mais importante do que um dormitório gigantesco. Quando Tae finalmente se concentrou para dormir, peguei o meu aparelho eletrônico dentro da bolsa e digitei uma mensagem para a minha chefe contando que havia me sentido mal e que precisei voltar para casa com urgência. A desculpa que dei para Francesco não se sustentaria com ela agora, então tive que criar outra. Eu não revelei qual foi o problema que tive, porém teria tempo suficiente para pensar nisso, já que amanhã é um dos dias que trabalho em casa e nós duas apenas nos encontraríamos na quarta-feira.

Tiger | Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora