nove

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— Quer dizer que você na verdade se chama Win. Isso?  — puxei assunto.

Aquela era uma criatura no mínimo interessante. Um coelho branco do tamanho de minha mão, olhos castanhos penetrantes e uma pose toda pomposa, era uma pestinha de atentado e muito tagarela.

— É, me chame de Win, por favor.

Ele estava dentro da pia, que estava com água em uma altura segura enquanto eu estava com os braços apoiados no mármore observando o coelhinho tomar banho. Ele pulava e saltava e mergulhava e rodopiava vez ou outra se agarrando a um patinho que eu nem sabia que eu tinha.

— Como veio parar aqui?

Ajudei-o a molhar as costas o peguei nas mãos para passar o shampoo em seu pelo, ele ronronava todo manhoso e deitado de barriguinha com a cabeça apoiada no meu dedão. Aish, que fofo.

— Se você rir eu vou roer seu sofá.

Só de ouvir a ameaça me obriguei a comprimir os lábios para não rir. Dei duas cutucadinhas em suas costas e ele virou de barriguinha para cima.

— Shiaa, eu queria ser um coelho pro resto da vida... — sussurrou. — Bom, eu vim parar aqui quando uma boa senhora me amaldiçoou e puffy eu apareci jogado em seu sofá. A senhora Zhu estava de costas, quase ela me mata.

Como assim?

— Está me dizendo que foi amaldiçoado?

— Não, fui brincar de colher flores de algodão na pu-

— Você tem uma boca bem suja para um coelho tão fofo. — reclamei, ele ficou quieto. Sorri. — Se molhe, vamos passar condicionador nos seus pelos, se quiser dormir comigo tem que estar cheiroso.

— Vai me deixar dormir com você? — indagou sorridente.

Aish, como será que Win deve ser?

𝖻𝗂𝗅𝗁𝖾𝗍𝗂𝗇𝗁𝗈𝗌. ░𝘣𝘳𝘪𝘨𝘩𝘵𝘸𝘪𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora