𝖻𝗂𝗅𝗁𝖾𝗍𝗂𝗇𝗁𝗈𝗌. ░𝘣𝘳𝘪𝘨𝘩𝘵𝘸𝘪𝘯

doze

Bright acordou com uma cara azeda e com frio por ter esquecido de fechar as cortinas de noite. Que hora era aquilo? Quatro da manhã? Deus do céu.

Inconscientemente a cabeça do moreno tombou para o lado e seus olhos estavam preparados para ver uma bolinha de pelo branca encolhida dormindo feito anjo.

Os olhos de Bright se arregalaram ao notar que o pequeno não estava ali. Por Deus, e se tivesse o amassado? Não!

— Tsc, shia. Não pense o pior.

Atordoado e ainda sonolento o bronzeado revirou a cama inteira e nada encontrou ali, olhou por outros cantos do quarto, olhou a cozinha e o corredor. Com as mãos sobre o balcão frio da cozinha Bright levantou os olhos em direção da sala. Comprimiu os olhos confuso e curioso.

— Qu-

Win. Os olhos de Bright estavam arregalados. Win era um coelho, ele deve ter dormido alí e quando acordar, pimba! Ele é um humano de volta! Isso... também significa que ele não teria desculpas para adiar o casamento.

Mais uma vez lembrar desse casamento fazia o coração do moreno errar batidas.

Com um sorriso decepcionado nos lábios Bright se aproximou do sofá. Win estava deitado de bruços, tinha cabelos de um castanho escuro, uma pele pálida muito bonita, lábios carnudos — que pela posição formaram um biquinho que fez o moreno sorrir —, e teria que concordar quando Win dizia que no corpo daquela criaturinha ele não conseguia não se tornar sedentário, o completo oposto das costas bonitas e sem um "A" de gordurinha. Win parecia ser dono de uma beleza diferente, a cintura fina, que não é comum para homens, as costas largas e a bunda bem desenhada, as pernas grossas e...

— Shia!

Minutos atrás ele estava procurando seu amiguinho Win Fofinho, nesse exato momento ele o encontrou e passava a observá-lo de mais.

Win resmungou algo inaudível e se virou de barriga para cima. Estava nu. Bright olhou para os lados completamente envergonhado, de bochechas mais que rubras e perdido. Ele tinha a porra de uma barriga malhada e peitos bonitos. Não!

— Eu deveria voltar a dormir? — sussurrou. É, deveria.

— Hm... Bright? — estagnou ali mesmo, sem coragem de olhar nos olhos do homem deitado em seu sofá. — Que faz aqui? Que houve? Shia... — sussurrou. Bright se afastou com medo da reação de Win e vendo ele ainda sonolento, tentou evitar olhar para o corpo sarado do mais velho. Desbloqueou o telefone e abriu a câmera, apontando a frontal para Win. — O qu- ShIAA! Feche os olhos, feche os olhos! Me sinto um Adão moderno. Shia... Como isso aconteceu?

As bochechas de Win coraram e o coração parecia completamente drogado por adrenalina.

— Shia.. — sussurrou. Bright tinha a mão tapando os próprios olhos, Win achou delicadinho a forma como ele se preocupava. — Ahn, eu vou pro banheiro, fique aí e só abra os olhos quando eu gritar.

Bright assentiu. Win sorriu caminhando quase correndo para o banheiro e de lá gritou um "Já" bem alto.

O que significava a quebra da maldição, mesmo?