CAPITULO XII

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DOZE

Costumo nomear alguns relacionamentos como Beteulgeuse: Você entra neles, mesmo sabendo que pode explodir a qualquer instante e devastar sua vida inteira.

(Já sabe, play na hora que tiver que ouvir a música)

Você acredita em estrelas? Pois bem. Beteulgeuse é a estrela mais brilhante da constelação Orion. Também é uma estrela condenada.

A anos ela é dada como a estrela que pode ter uma supernova a qualquer momento nos próximos 100 mil anos. Pode parecer muito tempo para você, mas para os cientistas, pensar que ela pode explodir a do nada, é uma tortura.

Costumo nomear alguns relacionamentos como Beteulgeuse: Você entra neles, mesmo sabendo que pode explodir a qualquer instante e devastar sua vida inteira.

Você deve estar se perguntando porque eu estou falando de estrelas, e a única coisa que eu posso dizer é que eu realmente não sei.

Margot Brunett, sem sombra de dúvidas  era minha beteulgeuse: imprevisível e explosiva. Só que como uma granada, que é simplesmente lançada sobre o alvo (que caso você não tenha percebido, era eu) e devasta a porra toda em quatro fucking segundos.

– Ei – Despertei do meu transe ao ouvir a voz de Lana que estava sentada ao meu lado na calçada do Pub. – Sua irmã está esperando a gente no carro, vamos?

Eu respirava fundo com as mãos no rosto e, por mais que esfregasse os olhos com toda a força (como se isso fosse realmente ajudar), não conseguia tirar a imagem da Margot beijando o cara no banco da festa.
Levantei da calçada e estendi a mão para ajudar Lana a fazer o mesmo. Dei alguns tapas na parte traseira das calças na tentativa de limpar alguma sujidade.

– Você se importa se eu te levar em casa? A gente chama um Uber. – Disse segurando meu celular e já abrindo o aplicativo antes mesmo que ela respondesse.

– Não, por mim tudo bem. 

– Me espera só um instante. – Assim que acabei de chamar o Uber, me dirigi ao carro para falar com Maria Luísa.

Ela parecia inquieta e esboçou uma feição de angústia ao me olhar. Abri a porta do carona e entrei fechando-a logo em seguida.

–  Nunca achei que você fosse me julgar.. – Ela começou a falar mas eu a interrompi.

– Ei ei, julgar? Bro, fica fria. Eu fiquei bravo sim, mas porque Zoe é como uma irmã mais nova para mim, assim como... – engasguei um pouco para terminar de falar. – Você.

Ela sorriu, discreta e disfarçadamente, mas sorriu, balançou a cabeça em sinal de concordância e deu um soquinho amigável em meu ombro.

– Tudo bem, "Bro". – Deu ênfase na palavra. – Não precisa me chamar assim só porque eu gosto de mulher.

– Eu falo assim, tonta. É meu jeito de chamar as pessoas, fica na sua. – Ri de leve e abri a porta saindo do carro. Logo fechei e me escorei no vidro para terminar de falar. – Vai para casa, vou levar a Lana sozinho, acho que vou precisar explicar algumas coisas. A noite foi um tanto quanto confusa.

Ela concordou e logo deu partida no carro indo embora. Não demorou muito para que nosso carro chegasse. 

Fiz sinal par que Lana viesse até o carro junto comigo e, assim que entramos, Lana se antecipou e deu um endereço diferente do que tinha me passado de sua casa.

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