My love life in a triangle

Capítulo 4

Eu acordei sem dores e com um cálido travesseiro. Até perceber que esse "travesseiro" respirava. Eu estava deitada em cima de Bright.
  Segurando a respiração, me sentei, vendo ele dormir. Bright era tudo que eu não precisava: playboy, mulherengo, rebelde e intenso. Ouvi uma risada leve e levantei o olhar.
  Meus amigos me encaravam, sorrindo. Cada um deles estava apegado ao seu crush e isso me fez rir:
- O que vocês todos estão olhando?
- Você está olhando muito pra ele, querida. - Earth explicou.
Revirei os olhos:
- Isso não significa nada. A quanto tempo estou aqui? Que horas são?
- Já são 18:45 da tarde. Você recebeu alta, mas estava dormindo. - Zee falou.
  Mew se aproximou com Gulf:
- Eu fui ao seu dormitório e te trouxe roupas limpas.
- O doutor deu a receita dos seus remédios e eu comprei.
- Obrigada aos dois. A todos, por estarem aqui.
Quando tentei me levantar, uma leve dor de cabeça me tomou e sentei de volta:
- Droga!
Quando me levantei de novo, uma mão grossa me manteve firme:
- Eu te ajudo.
Olhei para um Bright recém desperto e assenti. Ele me levou até o banheiro e esperou do lado de fora, até eu estar vestida:
- Estou pronta. Vamos embora daqui.

Assim que abri a porta, me joguei no sofá do meu dormitório:
- Ah... Como senti falta desse dormitório.
Uma risada me fez olhar para trás. Seis casais olhavam pra mim, com Bright logo atrás:
- Hum... Entrem, por favor.
Todos eles entraram. Ficamos conversando até mais tarde:
- Que tal vocês jantarem aqui? Posso cozinhar ou pedimos pizza.
- Pizza!!! - todos gritaram.
- Ok, ok. Não gritem. Quem paga?
Todos olharam para Zee e Mew. Eles eram claramente os mais "endinheirados":
- Certo. Vocês vão me pagar ainda. - Mew exclamou, rindo.

A noite foi ótima. Muita risada, pizza e zero álcool. Eram quase uma da manhã, quando os rapazes se despediram:
- Você é sortuda, Lee. Pegou uma semana livre, pra se recuperar.
- Logo eu volto. Venham mais tarde aqui. Podemos ver uns filmes.
Todos concordaram. Bright foi o último a sair:
- Bright. Obrigada por tudo. Por ter vindo até aqui.
Ele assentiu, sério. A verdade é que desde que saímos do hospital, ele estava pensativo e sério:
- Boa noite, Nong Lee.
  Ele saiu sem se despedir dos outros e foi embora.

   Quando me deitei em minha cama, as lágrimas desceram pelo meu rosto, sem controle. Kaownah tinha se comportado como um homem das cavernas. Ele nunca tinha me batido, nunca tinha duvidado da minha fidelidade. O comportamento de Bright também era estranho, achei que estava tudo bem.
  Eu chorei muito, e por fim, consegui dormir.
Acordei cedo, mas fiquei na cama. Meu pulso ainda doía, juntamente com meu rosto. Peguei meu celular e liguei para Mew:
- Bom dia, Mew.
- Nong! O que houve, você chorou?
Era interessante como meu amigo me conhecia tanto:
- Talvez. Como está tudo por aí?
- Estamos todos aqui. Você está de pé?
- Vou ficar na minha cama mesmo. Não estou afim de me levantar.
- Certo, escute. As aulas do pessoal de Medicina foram canceladas. Acho que um dos professores está com problemas.
- Entendo. Então?
- Vamos todos estar aí daqui a pouco. Aí eu faço o almoço. Tudo bem?
Concordei:
- Você tem a chave, não é? Não quero me levantar. Estou com dor.
- Logo chegaremos.

Estava ainda sob efeitos do sono, quando ouvi o barulho da porta. Sabia que era Mew, só ele tinha a chave do meu dormitório:
- Caramba, Lee. Saint, traz uma tigela de água e uma esponja.
Eu não entendi nada, até ele colocar a mão em minha testa:
- Você está com febre. Eu vou baixar, ok?
Assenti, fechando os olhos.

Narrador Omnisciente:

Enquanto Saint e Win preparavam a comida, Earth, Fluke e Prem davam uma arrumada na casa. Mew tratava de abaixar a febre alta da amiga:
- Vai ficar tudo bem, querida.
Mew foi para a sala do dormitório:
- Ela adormeceu de novo. Tem que tomar o remédio em uma hora.
Saint saiu da cozinha:
- Os meninos da Engenharia foram liberados mais cedo. Estão vindo para cá. Tudo bem?
Mew assentiu e se sentou com o resto dos rapazes:
- Nós estamos bem apaixonados, não é?
- Todos estamos. - Saint sorriu.
- Sério? Exceto pela nossa amiga.
Win suspirou:
- Eu não sei se confio no Bright. Quero o melhor pra Lee, ela é a garota mais importante da minha vida. Já passou por tanto.
- Tenho a mesma preocupação. Mas, vocês se lembram de como ela era, antes daquilo? - Prem falou, em voz baixa.
Todos se encararam, de repente tensos e tristes:
- Foi o pior momento da nossa vida, não apenas da dela. Afetou todos nós. Não quero ver ela assim nunca mais. - Fluke falou.
A campanhia tocou, Mew atendeu, porém o clima seguia igual:
- Por que nossos namorados estão com essas carinhas? - Zee perguntou, abraçando Saint.
  Depois da confirmação de Mew, Saint contou para o namorado e os amigos sobre o passado da melhor amiga:
- Não contem isso para ninguém. Menos ainda ao Bright.
- Não vamos contar nada. É por isso que ela é assim então? Mais recatada?
- Sim, Ohm. Ela não era assim antes.

Quando Lee acordou, se sentou com os meninos:
- Meninos... Eu quero saber uma coisa. Ninguém me disse nada ainda.
- O que quer saber, Lee? - Mew estava tenso.
- Como está o Kaownah?
Todos ficaram em silêncio. Um olhava para o outro, sem saber como responder:
- Lee, o Kaownah... Ele recebeu alta ontem também. O rosto dele está bem ferido, mas nada grave.
Lee assentiu, em silêncio. Kao se aproximou, e fez uma leve massagem em seus ombros:
- Estamos todos aqui com você. Você tem praticamente um exército.
- Hahaha. Parece que sim.
Lee colocou sua mão no centro do círculo de amigos:
- Estamos todos juntos agora.
Seus amigos imitaram o gesto, sorrindo. A atmosfera agradável foi quebrada pelo toque de um celular:
- Tem um celular tocando. - Win exclamou.
- Ah, amor. Você não precisa dizer o óbvio.
Win deu um tapa em Drake, fingindo raiva:
- Cale-se, Drake.
Lee se levantou:
- É o meu. Onde está?
Gulf alcançou o celular à Lee, que ficou pálida ao ver quem era:
- Lee. O que foi? Quem é?
  Ela mostrou a tela do celular aos amigos. Brilhando e piscando, o nome "Kaownah" deixou todos tensos.