My love life in a triangle

Capítulo 7

Narrador Omnisciente:

Mew olhou para os amigos assim que Lee se foi e escondeu o rosto no pescoço de Gulf. O moreno se afastou, corado pelo contato em público e encarou o mais alto:
- Por que está se escondendo em mim?
Gulf levantou o rosto de seu amor, para que Mew olhasse em seus olhos:
- Mew.... O que há?
  O casal conseguiu a atenção dos outros rapazes, que os olharam, sérios.
     Mew encarou Gulf com olhos chorosos:
- Ela não tem deveres pra fazer. Ela não está bem. Desde o problema com o Kaownah. Ela teve outra recaída.
   Saint, Fluke, Win, Earth e Prem se entreolharam, tensos. Bright se encostou em um carro:
- O que você quer dizer? Como assim recaída? O que ela tem?
  Lembrando do segredo da amiga, todos perceberam que apenas Bright não sabia. Mew apenas balançou a cabeça:
- Lee tem depressão e hoje não tá sendo um dos melhores dias dela.
- Quem a machucou?
Todos os olhos se voltaram para Bright:
- Como...
- Eu sou muito observador. Desde o primeiro dia que a conheci. Ela não suporta toques demasiados, e só de eu ter tocado seu pescoço, desatou um trauma escondido.
   Saint apertou os punhos, até os nós dos dedos estarem avermelhados:
- Escute aqui! A Lee não precisa que alguém fique analisando ela, então....
Saint foi interrompido por nada menos que Kao:
- Tudo bem, Saint. Tenho certeza de que Bright leva coisas à sério.
  Kao passou a mão de Saint para Zee e olhou para Bright:
- Você menos que ninguém sabe o que aconteceu com minha irmã. Só posso dizer que o caso de Lee é pior. Bem pior.
Bright ofegou sonoramente e todos o encararam. Pela primeira vez, viram lágrimas descerem pelo rosto do moreno. Kao o abraçou, chorando junto com o amigo:
- Está ok. Eu sei. Mas está ok. Tempo. É só isso que precisamos. E você tem quem te apoie. Olhe à sua volta.

Sentados na grande sala da casa de Mew, Bright perdia a compostura diante dos amigos pela segunda vez no dia, abrindo seu coração e contando sobre seus pais:
- Agora, eu estou morando com Zee e meus tios. Mas acontece que a avó de Gun apareceu.
- Vocês são de pais diferentes? - Prem perguntou.
- Sim. Mas Gun é meu irmão! Ele é! A avó dele quer levá-lo para morar com ela fora da Tailândia. Ela mora com seu cuidador, Off.
- O que o Gun acha? - Ohm questionou, com calma.
Bright passou as mãos pelo cabelo, os bagunçando. Novamente:
- Ele tem 18 anos. Não vou impedir. Só quero o melhor pra ele. Ele merece. E Buda sabe que justo agora, não tenho condições de cuidar dele. A avó dele é um amor, eu a conheci antes.
- Ele estará bem.
   Todos concordaram, demonstrando apoio. Gulf deu uma tosse fingida, ganhando atenção. Seus olhos tinham um quê de falsa inocência e muita curiosidade:
- O que você quer saber, Gulf?
Bright riu, apontando o menor:
- Hum... O que você tem a ver com a irmã de Kao? Nós nem sabíamos que você tinha irmãos, traidor.
Kao se desculpou com um sorriso e palmeou o ombro de Bright:
- Era uma história apenas nossa. Espero que saibam ouvi-la e guarda-la.
  Em um movimento impensado, Kao buscou o colo de Earth e aconchegou seu grande corpo entre os braços do menor, pegando uma das mãos alheias e a pousando em seus próprios cabelos:
- Conte, Bright.
  Fingindo não ver a ação do mais velho, todos voltaram sua atenção à Bright:
- Ok. Quando eu tinha 17 anos, conheci a irmã de Kao. Eu já conhecia o Gulf, Boun, Ohm e claro, Kao. Ela era dois anos mais nova. Nunca amei ninguém antes e ela ganhou meu coração sem esforços.
Bright sorriu fraco, deixando as lembranças dolorosas voltarem.