E naquele instante que seu rosto ficou nítido e não tinha mais aquele Sol para me cegar, ela ficou parada ali em minha frente, sem dizer nenhuma palavra e eu só a observei. Mas então resolvi me virar, deixando aqueles olhos vibrantes que estavam ali para trás e de repente ela me chama.
– Ei, Max!
Então eu parei ali mesmo onde estava olhando para o chão, não quis me virar naquele instante, então olhei para frente e respondi ela.
– O que você está fazendo aqui?
– Olha Max, me desculpa se eu disse algo para você, mas não justifica você sair assim de casa, o que eu fiz?
Então naquele instante eu me virei, olhei dentro dos olhos da Fernanda e comecei a gritar.
– Como assim o que você fez? Sua mãe me liga, eu atendo achando que é você e simplesmente acha que eu vou ficar aqui parado esperando ela vir com aqueles idiotas virem me buscar?
– Como assim Max? Eu perdi meu telefone, quando eu saí daqui fui em um restaurante e sem perceber deixei meu celular lá, e como você estava salvo como meu contato favorito, a pessoa que achou deveria ter ligado para devolver o celular.
Eu não sabia se deveria acreditar naquela história, então disse isso a ela.
– Porra Fernanda, a pessoa que me liga tem a voz da sua mãe, você "me resgata do hospital" – fiz um sinal de aspas com os dedos nesse momento – e sem nenhum motivo me da uma casa para eu morar e quer que eu engula que você só está me ajudando porque eu me pareço com seu pai?
– Não.
– Não!? – Fiquei sem entender o que aquele não significava, então eu a questionei – Como assim não?
– Olha Max, você pode realmente parecer com meu pai, mas nunca será igual a ele, e sim eu te ajudei por muitos motivos, como já te disse, eu aguentei anos lá, o que você não aguentaria nem chorando, então Max, se você realmente que ajuda pega sua mala e volta para casa, ou então continua essa sua jornada sem rumo, mas saiba que se você voltar eu não estarei mais aqui.
E quando ela terminou esse sermão notei que seus olhos enchiam de lágrimas e não parecia lágrimas de tristeza, mas também não parecia muito lágrimas de alegria, e naquele instante eu caminhei lentamente na direção dela e a abracei, sentindo o calor de seu corpo entre meus braços e um aperto no peito, e sem saber explicar parecia que não queria soltar ela, por mais que fosse um sentimento estranho eu senti algo, e era como se eu fosse perder aquilo se não fizesse nada a respeito, então ela me olhou em meus olhos e disse:
– Max estou tão feliz em te ver mais uma vez.
Eu senti a mesma coisa não a disse isso, e por mais que tenham sidos no máximo umas doze horas que eu não tinha visto ela, parecia que já tinha se passado muitos dias, parecido que naquele instante tinha sim sido um longo tempo.
– Ei, para de chorar, saiba que chorar entope o nariz, então vamos lá pra sua casa e porque não conversamos um pouco? O que acha?
– Não posso Max, vim aqui só de passagem – disse ela enxugando seus olhos com a blusa – Eu vim mesmo te dizer que tinha perdido meu celular e que troquei de número, então se você puder anotar meu novo número.
– Claro – Peguei meu celular do meu bolso e entreguei a ela – Toma, anota ele aí.
Enquanto ela salvava o seu número eu quis fazer tantas perguntas que estavam sem respostas naqueles momento, mas a única coisa que se ouvia eram o barulho de suas unhas batendo na tela do celular, e parecia que cada Cleck que eu ouvia se passa cerca de três segundos para ouvir o próximo, e tudo se passava lentamente naquele momento, e quando olhei para seu rosto e um sorriso que naquele momento fazia eu me fazer muito bem.
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O Lobo Solitário
Ficción GeneralMax é um garoto que se aventura em um mundo que ele não conhecia, pelo fato de ser sempre frio e de certa forma durão acaba sendo difícil ele se adequar com tudo o que acontece em sua volta. Ele cresceu em um orfanato e foi para um campo militar, de...