Anniversary.

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Oi girafinhas, tudo bem? Atualização dupla hoje.

Nesse capítulo teremos um flash de memória da Gi, acho que vocês vão gostar.

Não esqueçam de votar no capítulo isso ajuda a ranquear a fic.

Boa leitura!

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— Ah...

Solto um gemido de dor ao tentar abrir os olhos, minha cabeça está latejando, meus olhos ainda ardem e sinto meu nariz ainda entupido. Ontem após voltar para o quarto – ainda chorando, deitei-me com Manu e abraçado a ela chorei até pegar no sono.

Minha cabeça não só parece que vai explodir como também está uma enorme bagunça, não consigo achar uma solução para tudo isso, não faço ideia do que fazer, qual direção seguir. Nem como seguir.

Isso tudo é uma grande bosta, eu poderia simplesmente acordar um dia desses e me lembrar de tudo logo. Seria menos cansativo e doloroso.

Mesmo com os olhos ainda fechados, passo a mão pela cama e sinto Manu ao meu lado, devagar abro meus olhos e viro a cabeça. Minha pequena está ali, todo arreganhado pela cama. Sorrio com aquela imagem, é a melhor visão para se ter de manhã. Fico em meus cotovelos e estalo o pescoço, duas vezes. Bocejando sento na cama e após me espreguiçar saio da cama, mas volto para dar um beijo em minha filha.

Minha filha. Isso soa tão bem mesmo somente na minha cabeça. Tenho orgulho de saber que ela é minha filha, Manu é um excelente garota, além de super inteligente é muito obediente e carinhosa. A filha que sempre quis, mesmo durante a adolescência.

Vou até o banheiro lavar o rosto, molho a nuca e suspiro. Nem sei que horas são, mas deve ser cedo, tudo está quieto demais.

— Uh...

Mal saio do quarto e já bato de frente com alguém, cambaleio um pouco para trás e olho para ver quem me quase me atropelou. Daniel. Seu rosto amassado deixa claro que ele acabou de acordar, eu nem fazia ideia que ele havia dormido aqui.

— Perdão, não vi você.

Se desculpa sem jeito e arruma seus cabelos desalinhados, sorrio para tranquiliza-lo e ele suspira. Daniel me olha fixamente, sei que ele quer dizer algo, só espero que não me dê sermão.

— Bom dia.
— Bom dia.

Ele desvia o olhar e continuamos em silêncio, isso já está me incomodando.

— É... – pigarreio duas vezes e ergo o tronco, ele me olha curioso. — Então... Você quer me dizer alguma coisa? Estou começando a ficar sem jeito de tanto que você me olha.

Confesso e ele pressiona os lábios, sem graça abaixa a cabeça e eu me controlo para não rir.

— Oh... Perdão. – Pede timidamente e eu apenas balanço a cabeça. — Eu já vou indo, er... Avisa a Rafa quando ela acordar.
— Tudo bem.
— Tchau, Titchela. – Aceno para ele que está prestes a descer as escadas, mas para, sussurra algo consigo mesmo e grunhe. — Droga!
— Algo errado?
— Não, não! — Ele respira fundo e bagunça os cabelos, acho é quase um toc dele. — Quer dizer, sim... — Volta para perto de mim e olha de relance para a porta do quarto de Manu, Rafa deve estar ali. — Eu prometi que não iria me meter, mas talvez você não faça ideia do quanto está me doendo ver minha irmã da forma que eu vi ontem e durante a noite quase toda.

Ouvi-lo dizer isso me deixa pior ainda do que estava antes, eu fazia uma ideia que estava sendo difícil, mas não pensava que era tanto assim.

— Eu sei que é tudo uma confusão para você, que você não gosta muito dela. — Entorta a boca e suspira, olho para baixo envergonhada. — Mas, Rafaella, não é um pedido dela, é um pedido meu, tente ao menos conhecer ela. Você não faz ideia do quão maravilhosa minha irmã é, não estou te dando uma ordem, muito pelo contrário, ao menos dê uma chance para conhecer ela do modo correto.
— Daniel, eu...
— Não precisa falar nada, apenas pense nisso, okay? — Encolho os ombros e apenas concordo com a cabeça, ele vem até mim e beija minha testa. — Rafa é uma das melhores pessoas que conheço, se permita enxergar isso.

Stupid Wife - Girafa versionOnde histórias criam vida. Descubra agora