Everything is gonna be alright.

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E aí girafinhas, como estamos? Demorei para aparecer, mil desculpas eu estava de mudança.

Esse capítulo é um tiro, eu sei, mas ele é necessário. A nossa Rafa ficará bem, vai demorar um pouquinho, mas ela vai se recuperar fisicamente.

Não esqueçam de votar no capítulo, isso ajuda a ranquear a fic.

Boa leitura!

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Tem alguns minutos que levaram Rafaella para a emergência, ainda estou assustada e preocupada. Tinha muito sangue na cama, aquela imagem nunca vai sair da minha cabeça. Nada de ruim pode acontecer com ela, eu não permito isso. Eu não quero que alguma coisa aconteça, não agora que me acostumei em tê-la na minha vida.

Não agora que estou gostando de tudo isso, nossa casa, nossa vida juntas, nossa filha...

Não agora que estou começando a gostar dela.

— Gi, você não quer comer alguma coisa ou descansar em casa? – Daniel volta para a sala de espera, onde estou encolhida em um dos sofás dali. Apenas nego com a cabeça, meu olhar fixo em um ponto qualquer do chão. — Tem certeza? Qualquer coisa fala comigo.

— Eu estou bem. – Minto, porque não estou nada bem, mas ele deve saber disso. — Será que ninguém vai nos contar se ela está bem?

— Daqui a pouco deve vir alguém aqui. – Ele diz, é perceptível em sua voz o quão apavorado ele também está. — Py está vindo para cá com as crianças, eu disse que não precisava, mas você sabe como ele é teimoso.

Sorrio sem muita vontade, é verdade. Py é mais teimoso do que Rafa... Ah, não. Só de pensar nela sinto vontade de chorar, meu coração volta a apertar no peito, o medo imenso de algo acontecer a ela simplesmente me sufoca. Dan percebe minha mudança e me puxa para seus braços, amparando-me.

— Parentes de Rafaella Kalimann-Bicalho?

Uma voz grossa ressoa pela sala, me afasto de Ian e levanto do sofá, caminhando na direção do médico. Minhas mãos começam a suar.

— Co-como minha esposa está?

Pergunto aflita, olhando para o médico com aquela prancheta enorme nas mãos. Dan para ao meu lado e me segura pelos ombros.

— Nós estamos tentando controlar a situação, mas a Srta. Kalimann-Bicalho perdeu muito sangue, ela precisa de uma transfusão urgente. Infelizmente não temos o tipo sanguíneo dela disponível no momento, qual de vocês dois é compatível com ela?

— Merda, só meu pai é compatível com ela. 

— E-eu sou A positivo, serve?

— Não. – O Dr. suspira a coça a cabeça, a calma que ele estava exalando parece se esvair aos poucos. — Onde seu pai está? Precisamos dele aqui, agora!

— Meu pai está em Miami, ele mora lá, ele... Vocês precisam salvar a minha irmã, doutor, por favor. Eu não posso perder ela.

— Fique calmo, Sr., nós estamos fazendo o possível.

— O possível? Vocês estão fazendo o possível?! – Explodo de uma vez, estou incrédula que enquanto minha esposa está nesse hospital correndo risco de vida, esse filho de uma... Respira, Gizelly. — Vocês precisam fazer mais do que o possível, eu quero ela bem, eu preciso dela, e-eu... Não quero perdê-la.

Minha voz começa a falhar e Daniel me puxa outra vez para seus braços, agarro-me em sua cintura e me permito chorar. Sinto-me como a criança amedrontada, apavorada.

Stupid Wife - Girafa versionOnde histórias criam vida. Descubra agora