Capitulo com 1700 palavras. Estamos a subir.
Por Samuel
- Preparem o bloco operatório, rápido- disse o doutor gritando pra os enfermeiros.
- Doutor o quê que se passa?- perguntei muito nervoso. Eu sabia que alguma coisa não estava bem.
- Teremos de te operar agora. A tua apendicite está num estado muito avançado, está quase a tornar- se crônica.
- Mas eu não sentia nenhuma dor doutor.
- Os medicamentos que tomavas só faziam não sentires dor, mas a apendicite estava a piorar. Vamos te levar agora no bloco operatório para a cirurgia. Se és cristão, começa a orar agora mesmo.
Eu já não sabia o que dizer ou pensar, eu estava sem forças, eu só conseguia pensar em coisas negativas. E então segui o conselho do doutor e quando entrei no bloco operatório comecei a orar.
- Senhor eu sei que não sou um bom filho, peco muito e prefiro ir jogar bola do que ir na igreja, mas eu te peço que me protejas nesse momento Deus, eu te peço- e antes de eu continuar a oração uma enfermeira disse algo em inglês que eu não entendi nem liguei mas a seringa que estava na mão dela, o que me fez perceber que eu seria anestesiado e tudo ficava escuro até que eu apaguei completamente.
Pós-operação
Aos poucos ia abrindo os olhos e por um momento havia esquecido aonde eu estava e que havia sido operado. Quando me dei conta, a primeira coisa que fiz foi ver a minha barriga e vi um grande sinal nela, parecia que me fizeram uma cesariana.
- Não morri - comecei a dizer baixinho - obrigado Deus, não morri. - e quando tentei levantar uma dor terrível me fez desistir da ideia.
- A bela adormecida acordou - era o doutor
- E aí doutor? correu bem? conseguiram tirar aquela droga?
- Bom, primeiro como é que estás a te sentir?
- Estou dormente, parece que tive um Enzo ( bebé ) agora mesmo. Mas estou vivo, é o mais importante.
- A operação correu bem, foi por pouco Samuel. Mas
- Há sempre um " mas " porquê?
- Não vais voltar a jogar
- O quê? como assim doutor? - tentei levantar e a dor impediu de novo.
- Rapaz tu nem me deixas acabar de falar. Fica quieto aí e deixa eu acabar de falar. Não faz movimentos bruscos.
- Desculpa, pode continuar- falei já sem ânimo nenhum. Era isso que eu mais temia.
- Não vais voltar a jogar ainda. Como vês esse sinal aí, tu tens de descansar e não fazer movimentos bruscos.
- Quanto tempo?
- Vai depender da tua recuperação, se tiveres a ir bem na recuperação podes voltar a jogar daqui há um mês.
- Tão distante?
- Sim. Aliás, onde é que estás a viver?
- Na casa de uma amiga, bem, amiga não. Só lhe conheci ontem.
- Bom, de qualquer forma vais ficar alguns dias de repouso. Então liga pra ela pra trazer algumas roupas.
- Eu nem tenho o numero dela.
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Em Busca do Sonho
Short StoryEu tenho um sonho: Ser jogador de futebol. Mas isso é interrompido após eu cair desanimado num jogo e ser detetada uma doença que só pode ser tratada na Inglaterra. Meus pais são pobres e humildes, por isso fizeram muitas dívidas e empréstimos para...