Planos

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POV MACARENA

Tivemos duas semanas livre depois que retornamos da nossa lua de mel. Conversei com meu pai sobre minha vontade de viver em Miami e assumir a presidência da empresa mas, mantendo residência fixa nos Estados Unidos e como era de se esperar, a resposta foi positiva. Meu pai sempre disse que eu tenho feeling para os negócios e que um dia eu assumiria as empresas.

Visitamos meus sogros e tivemos uma larga conversa sobre morarmos em outro país. Isso dividiu opiniões, minha sogra queríamos que ficássemos no México e meu sogro dizia que era importante que começássemos do zero e que um novo país, nova carreira e nova casa, seria sem sombra de dúvidas, um ótimo começo e com isso demos início a reforma da casa.
Bárbara contratou os serviços de um bom arquiteto americano e revelou a ele um pouco do seu gosto e do meu.

No mês seguinte, voltamos a rotina de trabalho intenso. Filme, série campanhas, estresse e o pior de todos... A falta de tempo.

Embora passamos muito tempo no set gravando, nos falta tempo como um casal recém-casado. Nossa rotina ficou baseada em trabalho, viagens curtas a trabalho e a falta de privacidade era a grande questão.

O trabalho excessivo e as longas noites mal dormidas causadas pelo excesso de noturnas, fez com que minha imunidade baixasse e uma gripe forte se apossou de mim, fazendo atrasar as gravações por uma semana.

E aqui estou eu em nosso apartamento e com minha mãe como babá.
Bárbara estava adiantando as suas cenas e sempre que possível, retornava a casa mais cedo. Hoje é um desses dias.

- Oi! Cheguei. — disse ela fechando a porta do quarto.

- Olá. Como foi seu dia? — perguntei deitada na cama, cansada demais para me levantar.

Bárbara colocou o material de trabalho encima da mesa e veio ao meu encontro, e me deu um delicado beijo nos lábios.

- Amor, não! — falei me afastando de seus lábios.

- Por que não? — perguntou com uma sobrancelha ele elevada.

- Não quero que você fique gripada.

- Não ficarei. — colocou a mão direita em minha testa — Você está com um pouco de febre. Tomou os remédios?

- Todos! — respondi — Amanhã estarei melhor. Como foi seu dia? — perguntei acariciando seu rosto para tranquiliza-lá.

- Horrível sem você! — sorri do lindo biquinho que ela fez — Consegui adiantar algumas cenas.

- Isso é bom meu amor.

- E o seu? Como foi? — perguntou.

- O de sempre. Sentindo falta dos cuidados da minha mulher.

Pude ver seu peito inflar e um enorme sorriso se desenhar em seu rosto. É devastador para a morena quando estou doente mas, ouvir de minha boca que ninguém cuida de mim como ela, faz seu ego inflar e a faz sentir a mulher mais especial do mundo.

Ela também não está satisfeita com a rotina de trabalho e se cobra muito, as vezes até muito mais que eu. Sei o quanto ela gostaria de estar ao meu lado nesse momento mas, esse resfriado logo passará e quanto mais rápido terminamos, mais rápido nos mudamos.

- Que bom ouvir isso. — disse ela.

- É bom te dizer isso.

Deitei a cabeça em seu peito e adormeci. Os remédios me mantinham acordada e uma pequena parte do dia.

Minha MetadeOnde histórias criam vida. Descubra agora