capítulo 38

1.9K 115 126
                                    

POV BARBARA

- Uma ambulância, rápido — saí de meu transe e corri até ela — Chamem uma ambulância, por favor! — implorei em meio a gritos e lágrimas.

- Uma ambulância! — minha mãe gritava atrás de mim atraindo a atenção das pessoa.

Me agachei ao lado dela e não podia acreditar no que eu estava vendo, estava ferida, muito ferida e eu não sabia o que fazer, queria pegar ela no colo e cuidar, curar suas feridas. Tomada por um desespero eu me aproximei ainda mais na tentativa de tirá-la daquele asfalto sujo e quente e colocá-la em meus braços, mas fui impedida por uma outra voz desesperada:

- Não toque nela Bárbara — meu sogro corria até nós

- Ela vai ficar bem, não vai? Diz pra mim que ela vai ficar bem. — não pude segurar as lágrimas e me entreguei ao pranto.

Meu sogro tomou o pulso dela e aferiu sua fraca pulsação, ela estava viva.

Cada vez mais pessoas se aproximavam e meu medo de perder Maca só aumentava e foi então que ouvimos o barulho das sirenes. A ambulância tinha chegado, meu sogro se afastou para dar passagem aos paramédicos, mas eu me mantive no meu lugar, eu não podia abandoná-la, ela precisava de mim.

- Bárbara, vem filha — meu sogro me levantou do chão e me afastou para que os paramédicos pudessem fazer seu trabalho — Ela é forte — ele tomou meu rosto em suas mãos e fez com que encarasse o azul doa seus olhos — Ela vai sair dessa, filha. Minha Maca é forte.

- Quem vai com ela? — perguntou um dos paramédicos depois de tê-la imobilizado.

Troquei um olhei piedoso com os pais de Macarena, implorando com o olhar para que eles me permitissem estar com ela, queria estar ali quando ela acordasse.

- Bárbara vá com ela — pediu minha sogra — Nós estaremos logo atrás de vocês — assenti.

- Não se preocupe, eu te levo uma roupa em seguida — disse Sofia.

Entrei na ambulância e segurei a mão dela, olhei uma última vez para nossas famílias e então as portas foram fechadas.

O caminho para o hospital foi longo, eles tentavam estabilizar Macarena a todo o custo, seu pulso estava tão fraco que durante o caminho os aparelhos ligados ao seu corpo, começaram a disparar.

- A paciente ta parando — informou calmamente o rapaz loiro de olhos verdes.

- O que??... O que tá acontecendo? — novamente estava eu me desesperando diante a possibilidade eminente de perdê-la.

- Desfibrilador — pediu o loiro — Se afastem. — ordenou ele e minha mão foi rapidamente retirada da de Macarena por seu parceiro também loiro.

Me aproximei ao ouvido dela ao ver que ela não respondia as massagens cardíacas que os paramédicos faziam sem cessar e sussurrei:

- Não ouse me deixar. Eu preciso de você, eu não vivo sem você. — implorei e ela não reagia, então apertei os dentes e enxuguei as lágrimas — Eu não sei o que você está fazendo, mas eu bom você voltar pra mim de uma puta vez senão a coisa vai ficar feia pro teu lado — ordenei.

O monitor cardíaco começou a soar novamente, informando que seu coração batia. Macarena foi estabilizada e eu sorri pela possibilidade dela ter me ouvido.

Pedi que a levassem a um hospital particular para que Macarena fosse assistida pelos melhores médicos e ter certa privacidade por se tratar de uma figura pública.

Tive que me separar dela no momento em que chegamos, a dor corroendo meu peito pelo fato de que eu nada podia fazer. Sentada numa cadeira na sala de emergência, sem nunca ter acreditado em fé ou qualquer tipo de força superior, eu rezei. Rezei para que ela vivesse, rezei por uma segunda chance e chorei, muito.

Minha MetadeOnde histórias criam vida. Descubra agora