Heaven Is Waiting For You, Sir.

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"Heaven's gates won't open up for me, with these broken wings I'm falling and all I see is you"


Alo alo! Primeiramente queria me desculpar por esse capítulo merdinha e pequeno, mas graças a insistência de cada dia da senhorita Ana, eu tive que postar (te amo amorzinho). Em segundo lugar, queria resaltar que vou fazer alguns capítulos usando POV do Louis, ok? Só isso mesmo. Boa leitura, votem, comentem, etc <3

Você não está a salvo. Nunca. Em um segundo você pode estar atravessando a rua e no seguinte pode ser atropelado. Você pode comer algo e engasgar, sufocando até a morte. A vida é uma coisa engraçada, se você parar para pensar. É como um lindo vaso de vidro equilibrado em seu dedo indicador. É preciso cuidado para não deixa-lo cair. Para explicar melhor minha metáfora, diria que a frase correta seria a seguinte: sua vida está em suas mãos.

Outro fato engraçado é como a vida não tem o menor sentido. Você estuda, se forma, trabalha, faz amigos, talvez encontre uma pessoa especial, vai vivendo, vivendo, e de repente... Puf. Tão rápido quanto como veio à vida, você a deixa. Simples assim. Tendo isso em mente, você já parou para pensar sobre o porquê de você ainda estar aqui? O que te faz continuar tendo que lutar dia após dia, mesmo sabendo que a cada respiração sua você está mais perto do seu tão evitado “puf”? Seria seus pais? Seus amigos? Talvez um sonho, uma realização pessoal?

Esse pensamento passou pela minha mente em menos de trinta segundos, enquanto eu segurava em meus braços a minha razão. Enquanto eu via a vida deixar os olhos do motivo pela qual eu ignorava o meu “puf” e simplesmente continuava a viver. Cada pessoa, cada alma nesse universo sabe o quanto é difícil segurar seu próprio vaso de vidro. E, durante todo esse tempo, eu estive segurando dois. Era de se esperar que um deles cairia eventualmente, não? Não é possível segurar algo tão frágil assim por tanto tempo. Mas eu ignorei esse fato, simplesmente porque o vaso que eu acabei de derrubar era o que mantinha o meu equilibrado.

-Harry... – eu quase não conseguia pronunciar seu nome. Enrosquei meus dedos em seus cachos, descendo até seu peito. Sua respiração estava fraca, o que significava que ainda não estava morto.

Liam se abaixou ao meu lado, me dando alguns tapinhas no ombro.

-Nós precisamos leva-lo, Louis – ele disse – Talvez haja uma chance, talvez possamos cuidar disso... Mas tem que ser agora.

A calma de Liam me impressionava mais a cada dia. Independentemente da situação, ele estava sempre com os pés no chão e pronto para acalmar qualquer um.

Eu não estava pronto para soltá-lo, mas não tive outra escolha. Liam estava certo, talvez houvesse uma chance, uma pequena chance de aquilo dar certo.

Zayn se aproximou e pegou Harry no colo com uma delicadeza impressionante, enquanto Liam e Niall o acompanhavam em direção a seja lá qual for o lugar para onde eles o levariam.

Meus olhos encontraram o de Kaya e pela primeira vez notei que estava com medo.

-Obrigada – eu me levantei, ficando frente a frente com ela – Eu vi você atirando nele.

A garota deu de ombros.

-Eu precisava fazer alguma coisa, não precisava? – ela forçou uma risada exagerada –Não podia simplesmente deixar sua namorada morrer daquele jeito.

Sorri ao imaginar como Harry ficaria bravo ao ouvir Kaya o chamando de minha “namorada”.

-Bem, talvez não tenha adiantado muita coisa, não é?

-Não diga isso – Kaya revirou os olhos – Vai ficar tudo bem. Ela é frágil, você sabe disso. Vive desmaiando por aí, mas acaba acordando no final das contas.

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