Morgana

Capítulo 02

Passamos por um portal de madeira com o nome da cidade, logo depois do portal haviam lojinhas de madeira com vitrine de vidro nos dois lados da rua. O dia já está caindo e deixando o céu com uma tonalidade rosa.

Peguei minha agenda e fiz um rascunho do portal da cidade, espero escrever bastante coisas sobre esse lugar. depois que saímos de lá chegamos em dez minutos na cidadezinha. Era engraçado ver algumas pessoas andando de camisa xadrez, botas e algumas até chapéu. A cidade está movimentada, e eu imaginei que só ia veria árvores e mato, acho que eu me enganei.

Meu pai parou o carro em frente uma casa velha de madeira, faltava pouco para a casa cair aos pedaços.

   — bom meninas, aqui é nossa nova casa, o que acharam? - ele pergunta todo animado.

Eu não respondo só saio do carro, minhas pernas já estão doendo, pego minha mochila e bato a porta. Aqui de fora a casa era ainda pior, tinha medo de chegar perto dela e ela cair.

  Sinto Celeste se aproximar

   — será que essa casa é mal assombrada? - ela pergunta com uma voz assustada

—claro que sim, olha como isso é velho, certeza que ninguém mora aqui por algum motivo - tenho certeza que celeste está em pânico agora, mas um pouco medo não mata ninguém

Quando meus pais finalmente conseguiram abrir a porta velha entramos, a casa já estava limpa, e nossas caixas estavam no chão. Meus pais sempre alugavam casa já com móveis, assim nós não precisamos gastar tanto com mudança, quando eles vieram escolher a casa já vieram com um carro grande que eles alugaram, trazendo todas as nossas coisas em caixas, e deixando a gente só um uma mochila.

Entramos em uma sala pequena, a casa é toda de madeira, tem um sofá antigo na sala, um tapete velho, uma lareira e uma estante com uma Tv de tubo.

A cozinha tem uma mesa, geladeira fogão e pia,  uma coisa que eu já esperava porque é o que tem na maioria das cozinhas. uma janela com uma vista linda para várias árvores, diferenciou um pouco essa cozinha das cozinhas normais

Parecia uma casa de boneca, era a clássica casa de vó, de todas as casas que já havia morado achei aquela a mais aconchegante.

Subi a escada que tinha um corredor com algumas portas.

Nós tínhamos uma regra, a primeira porta que abríssemos, que não fosse a principal do quarto dos meus pais. Seria nosso quarto, então era pura sorte, assim eu e minha irmã não iríamos brigar para decidir quem ficaria com qual.

Uma vez fiquei morando em um banheiro quebrado 3 meses. Maldita porta! Foi quando a regra começou, por que eu arranquei um tufo de cabelo da minha irmã mais velha enquanto nós brigávamos pelo quarto, quando éramos mais novas, claro. Agora nós já tínhamos acostumado com a regra, que não era mais tão rígida, como nessa vez, que foi um castigo.

Olhei rápido e abri uma porta que estava em direção a cozinha, queria que meu quarto tivesse aquela vista.

Quando abri, o quarto era minúsculo, o teto estava inclinado em direção da minha cama, que na verdade era um colchão grande no chão. Droga! Pelo menos uma tem uma janelinha.

Ouvi Celeste correndo na escada, então entrou com tudo na porta que ela escolheu.

Sai do meu quarto e fui ver o de Celeste, era em frente ao meu, mas o dela era maior e tinha cama e guarda roupa.

    — quem ri por último ri melhor - ela fala rindo da minha cara.

   — acho que está tão arrumado por que os fantasmas preferem aqui,
CHARLIE CHARLIE você está aqui? - falo isso para irritar Celeste que tem medo de tudo, bato a parta deixando ela lá com o suposto fantasma.

Mas ela logo abre a porte e desce a escada correndo para contar o que fiz para nossos pais. Eles não vão se importar mesmo

Entro novamente no meu quarto sem graça e deito no colchão sem lençol, acabo pegando no sono. Acordo com Celeste entrando no meu quarto com tudo.

   — Morgana, mamãe pediu para você arrumar logo suas coisas - ela fala ainda brava comigo.

Não falo nada, só levanto e vou até o banheiro.

O banheiro é um pouco apertado, mas acredite, é o maior banheiro que já tivemos, tem uma banheira de pezinho clássica de filme de terror, uma janela grande, um espelho. Esse vai ser meu banheiro e de Celeste, já éramos acostumadas a dividir o banheiro, na maioria do tempo eu e ela nos dávamos bem.

Depois de usar o banheiro e jogar uma água no rosto desço para pegar minhas coisas, vejo algumas caixas com meu nome, vou levando tudo para meu quarto.

Vejo Celeste entrando novamente, mas ela não diz nada, só se senta na minha cama em silêncio.

   —terminou de arrumar seu quarto? - pergunto olhando para ela.

   — mais ou menos, já arrumei minhas roupas agora só falta alguns detalhes. você vai me ajudar? - ela pergunta desanimada

   — lógico, Celeste. É nossa tradição, agora levanta logo e vem me ajudar a abrir essas caixas. - falo sorrindo amigavelmente e entregando uma tesoura para ela

Ela pega e vai abrir uma caixa

  — aqui tem várias coisas de decoração -ela diz enquanto tira as coisas e me mostra.

  — olha! O caramelo - ela estende o cachorro de pelúcia que eu ganhei quando pedi um cachorro de verdade para os meus pais.

Depois continuou tirando outras coisas, então comecei a arrumar meu quarto.