Morgana é uma jovem solitária e um pouco problemática de 18 anos, acostumada a nunca criar raizes em uma cidade, foi assim que ela viveu sua vida até hoje, sempre na estrada com seus pais e sua irmã.
Ela nunca tinha se incomodado com isso, mas tudo...
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Procurei na minha mochila um remédio para dor de cabeça, mas achei minha agenda e minha caneta jogada, então resolvi abrir e desenhar.
Meus pensamentos estavam muito perdidos, mas consegui esquecer um pouco quando senti alguém se aproximar.
— oi - diz um homem loiro com o rosto um pouco queimado do sol.
— oi - respondo para tentar não parecer tão derrotada.
— tudo bem? - ele pergunta se sentando ao meu lado.
— tudo, só preciso respirar um pouco, a sensação de respirar aqui sozinha é melhor que a sensação de estar lá dentro. - não sei porque estou falando isso para esse homem que eu não conheço.
Eu queria que a noite fosse diferente, se fosse a um ano atrás essa hora eu já teria beijado várias pessoas e agora estaria dançando em cima de alguma mesa. Mudar é realmente algo inevitável, mas é estranho saber que se fosse antes eu estaria agindo diferente.
— e você, Qual foi sua desilusão para acabar sentado em uma calçada com uma garota estranha? - pergunto olhando para seus olhos verdes.
— não é desilusão, é sorte. - ele fala pegando um cigarro e estendendo para mim, em seguida pegando um para ele. — você sabe que de certa forma foi o assunto da noite.
— era para ser reconfortante? - falo sorrindo para ele.
Ele retribuiu o sorriso mas logo em seguida ficamos sérios, nossos olhares perdidos um no outro.
Não pensei muito, eu só queria beijar ele para tentar esquecer muitas coisas que estão na minha cabeça.
Ele retribuiu o beijo é foi bom, em ótima sincronia. não é o melhor beijo da minha vida, mas também não é o pior. quando começou a melhorar senti um cheiro de queimado e me afastei, o cheiro estava no meu cabelo.
— droga! Você queimou meu cabelo com cigarro seu idiota. - falei levantando e pegando minha mochila.
Nem esperei ele responder e entrei novamente procurando um banheiro
Entrei na primeira porta que eu vi, mas percebi que não estava certo quando alguns homens me olharam assustados. Ótimo, banheiro masculino.
— o que foi? Nunca viram uma mulher na vida? Eu hein, vou usar esse banheiro e pronto.
Ninguém me respondeu, só me olharam
Vou até a pia molhada com um espelho grande.
O queimado do meu cabelo foi só na parte de baixo e atrás, então está tranquilo. Joguei um pouco de água na parte queimada.
— e aí, você é a mina do Romeu né? - vejo um menino moreno e baixo pelo reflexo do espelho.
— primeiro que eu não sou de ninguém, segundo mesmo se eu fosse não seria da sua conta. - falei ignorando a presença dele que vai se aproximando cada vez mais.
