HARRY POTTER
— Então senhor Potter, como se sente?
A mulher de cabelos loiros me olhou pela primeira vez nos olhos desde que eu havia me sentado. Ela segurava um caderno nas mãos, e uma caneta que ela utilizou pra marcar meu nome no começo da página. Ela abriu um sorriso enorme para a câmera assim que o homem atrás dela indicou que estava gravando, tentei fazer o mesmo mas me senti bobo.
— Estou bem, obrigado.
Tentei encontrar uma posição que eu me sentisse confortável, apoiando as mãos cruzadas sobre as coxas, olhei para a mulher novamente e ela havia anotado minha resposta.
— Então senhor Potter, como está sendo pra você essa experiência de finalmente anunciar a publicação do seu terceiro livro?
— Está sendo incrível, eu fico feliz que por algum motivo, as pessoas estejam lendo o que eu escrevo. — Ela anotava — Sei que a maioria criou expectativas sobre o livro, e eu garanto que estará incrível.
— Nós podemos esperar que você publique alguma saga algum dia? Ou quem sabe uma trilogia?
— Eu não sei — Não sabia se alternava meus olhos pra ela ou para a câmera — Estou confortável em escrever sobre coisas novas a cada livro, e acho que não pretendo por enquanto focar em uma história apenas.
— Uma dica sobre o que você nos contará nessa novo livro?
— Bom, amor. Eu gosto de escrever sobre amor e como ele pode desgraçar sua vida, salva-lo, te inspirar ou te dar uma chance de levantar da cama todos os dias. Parece brega eu sei, mas quando eu penso em histórias envolvendo amor, poderia escrever centenas de páginas sobre isso que ainda me sobraria ideias.
Os olhos da entrevistadora brilharam em aprovação pela resposta, seria o título da matéria com toda certeza. "Harry Potter diz que poderia escrever centenas de páginas sobre amor". Tudo isso ainda era tão estranho, a um ano eu estava deixando o dormitório da faculdade, e mesmo que com apenas dois livros publicados por pura sorte e uma persistência enorme, eu não era convidado pra entrevistas ou lives no Instagram. As coisas mudaram quando meu livro, meu segundo livro pra ser mais específico, foi indicado em uma premiação local de Londres para pequenos escritores. Eu ganhei, e as pessoas passaram a compra-lo com mais frequência, e em um ano eu tinha vendido mais livros do que havia imaginado vender em qualquer momento da minha vida.
— Deve ser incrível, ter vinte e três anos e estar se sentindo realizado por poder trabalhar com o que ama desde muito jovem, eu imagino?
— Sim, eu sou eternamente grato por isso.
Ela sorriu novamente, e após mais algumas perguntas sobre mim, o meu novo livro, e algumas respostas que eu tinha certeza que a agradava cada vez mais, a entrevista para a editora acabou. Eu agradeci a ela, e as pessoas que estavam assistindo. Não me sentia mal por dar uma entrevista, mas como eu havia dito, isso tudo ainda é muito estranho.
Voltei pra casa dirigindo o meu carro. Deixei que o rádio ficasse ligado durante o caminho e parei em um drive-thru para pedir comida japonesa.
Estacionei o carro e entrei no meu apartamento, as luzes de quase todo o lugar estavam acessas, até a televisão também estava ligada.— Draco? — Coloquei a comida em cima do balcão da cozinha em fui em direção ao sofá para procurar o controle e desliguei a televisão. — Draco?
— Oi, Harry — Draco veio caminhando pelo corredor até chegar a cozinha e ver os pacotes de comida em cima do balcão — Que bom, estou morrendo de fome.
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Inspiration > Drarry
Fanfiction"Escrever é a única coisa que me dá vida, que me tira da realidade que eu acordo todos os dias e me permite viver a vida que eu quiser através dos meus personagens. E principalmente, neles a sua versão também me ama." Harry jamais contaria ao seu co...