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2. Capítulo Dois

Harry Potter

Livro: Cartas para Elisa. (Segundo)
Capitulo vinte e um.

''Querida Elisa,

Sei que prometemos não nos falarmos mais até eu estar de volta à Inglaterra. Mas estou disposto a correr este risco lhe enviando esta carta.

Senti sua falta nos últimos dias, Carl me apresentou sua noiva hoje, e me perguntei quando seria minha vez de te poder apresentar a eles como minha noiva também [...}''

— Bom dia pra você também! — Draco deu de ombros quando o cumprimentei. estava sentado em frente a bancada da cozinha, ele encheu sua caneca de café antes de olhar em meu rosto — Você está legal?

— Trabalhei em um caso durante quase toda a madrugada — Ele deslizou os dedos pelos cabelos — Estou um pouco exausto.

— Posso te dar uma carona pro escritório se quiser — Eu ofereci.

— Não, eu vou andando hoje. Acho melhor caminhar assim me desperto. — Ele virou todo o café de uma só vez na boca.

Draco estava usando o típico terninho preto que ele usava pra ir trabalhar, e por baixo, uma camisa prata, seu cabelos estavam alinhados perfeitamente em um topete pra trás. Lembro quando o vi assim pela primeira vez na loja de ternos, quando seu pai, "nada autoritário", anunciou que Draco iria trabalhar em seu escritório. Ele obviamente teve que comprar roupas novas apenas pra isso, me lembro de ficar com a garganta seca na primeira volta que ele deu ao sair do provador.

— Pansy virá aqui em casa hoje a noite, tudo bem pra você?

— Tudo — Concordei — Não sabia que ela havia voltado pra cidade.

— Ela terminou um projeto na Florida, e voltou essa semana — Ele começou a levantar as almofadas do sofá e olhar ao redor do cômodo — Harry onde está...

— Sua pasta está em cima da estante de livros — Ele me lançou um olhar de gratidão e correu até a estante, onde a pasta de fato estava — De qualquer forma — Coloquei minha caneca de volta ao balcão — Fico feliz que estejam conversando outra vez, mesmo que você não tenha me contado porquê brigaram.

— Foi um motivo bobo — Ele terminou de ajeitar a gravata em frente ao espelho que ficava ao lado da porta — Ela perguntou a seu respeito inclusive, disse estar ansiosa por seu livro.

— Não sabia que ela lia.

— Meus amigos poderiam muito bem se autodeclarem suas cadelas — Ele olhou sorrindo pra mim pelo espelho — Blaise nem tanto, mas Pansy lia suas coisas desde a faculdade.

— E ela nem se quer falava comigo na época.

— Tenho que ir — Ele disse se aproximando de mim novamente — O que vai fazer o dia todo?

— Vou escrever.

— Por que não vai escrever lá fora? Tem lugares calmos e perfeitos pra você fazer isso. Não te faz bem ficar enfurnado naquele escritório o tempo todo, estou vendo mofo crescer no meio desse seu cabelo.

— Tire a mão daqui! — Eu lhe acertei um tapa na mão antes que ele tocasse no meu cabelo — Não gosto de escrever em público, me sinto desconfortável.

— Bom, então tire um dia de folga, última vez que te vi sair de casa foi pra ir à aquela entrevista. 

— Está bem! Está bem! — Eu me coloquei de pé — Vou me arrumar e ir pro café, posso escrever lá.