12. Capitulo Doze

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Harry Potter

— Obrigado por me deixarem ficar aqui esses dias — Eu agradeci a eles pela décima vez provavelmente naquele dia.

— Já disse que não é nada, Harry — Hermione sorriu — Não vamos deixar você sozinho naquela casa, Ron e eu adoramos sua presença.

— Eu sei... só não quero acabar atrapalhando vocês.

— Você não atrapalha em nada, Harry — Ron anunciou sua entrada na cozinha e colocou a grande forma de lasanha sobre a mesa. Hermione e eu olhamos maravilhados para a forma — Olha só, o que acharam? Provem!

— Está vendo, até conseguiu fazer Ron aprender a cozinhar, e olha que eu tentei viu? — Hermione sorriu e pegou o prato que Rony a serviu.

Eu coloquei um pedaço no meu prato, enfiei na boca e comi, estava realmente muito bom. Mais cedo Rony havia me pedido pra ajudá-lo a fazer o jantar, já que Hermione passava muito tempo planejando suas aulas do dia seguinte, ele queria aprender mais sobre culinária. Eu nunca fui muito bom, mas sabia o básico desde que sai da casa dos meus padrinhos, o suficiente pra conseguir instruir Ron.

— Está ótimo — Hermione disse ainda terminando de engolir — E Harry ainda acha que está atrapalhando.

Ficamos conversando durante o restante do jantar. Hermione contou sobre a aluna da sua turma que havia escrito uma das melhores redações de todo o ano dela. Ela via muito potencial na garota e a incentivaria mais nessa área de escrita. Eu gostava de como Hermione via potencial em praticamente todos os alunos dela, em sua mente, todos eram bons e tinham uma luz diferente dentro de si, independente de como expressavam isso, ela daria um jeito de fazer com que todos brilhassem da sua forma. Isso me encantava desde a faculdade, Hermione eu fizemos o mesmo curso, a diferença é que ela resolveu ensinar e eu escrever. Era ótimo ver que ela usou o talento pra levar a outras pessoas o que aprendemos.

Eu ajudei Ron levar as louças para a cozinha, enquanto Mione organizava a sala de jantar, nós dois lavávamos e secávamos os pratos.

— Acho melhor voltar pro meu apartamento amanhã, eu tenho caixas que nem desfiz desde que cheguei ainda — Eu disse enquanto passava a esponja em um dos copos.

— Você quem sabe, como eu e Mione dissemos, não está nos atrapalhando. E não queremos que você fique lá sozinho, você até emagreceu nesses dias.

— Sim mas eu gostei de estar sozinho em casa, posso escrever o quanto quiser tendo a paz que eu preciso pra isso.

— O que está escrevendo agora? — Ron perguntou pegando um dos pratos pra secar e empilhando os secos em um canto.

Eu não sabia bem o que responder, nas últimas semanas eu me deixei levar por qualquer coisa que viesse a minha mente. Escrevi cartas de desculpas que eu nunca irei entregar, escrevi cartas sinceras falando sobre o que eu sentia, que eu também nunca irei entregar, coloquei tudo o que eu estava sentindo em um papel e em uma tela até que tudo fosse apenas palavras que eu não sentisse mais. Era assim que eu me sentia agora, cinza e vazio, como uma folha de papel branco que mesmo preenchida de textos era vazia sem conteúdo algum.

Ir embora do meu apartamento e de Draco foi a coisa mais difícil que eu fiz. Eu amava aquele lugar, amava meu quarto, nossos vizinhos, nossa vista pro centro, e principalmente amava ter Draco por perto. Eu entrei em um processo que eu mesmo nomeei de "desintoxicação de Draco Malfoy" Na qual o meu objetivo principal e me livrar de tudo que me faça lembrar ele. Eu falhei em todas as categorias da minha desintoxicação, começando pelos meus livros, está sendo impossível trabalhar com a divulgação sendo que a história inteira fala sobre ele. Ron ainda não sabe que eu desfiz apenas três caixas desde que cheguei, não consegui desembrulhar nada, não consegui tocar em qualquer coisa que não me deixasse triste de imediato.

Inspiration > DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora