13. Capitulo Treze

3.5K 555 887
                                    

Harry Potter

Eu estava a pelo menos três minutos parado sem reação alguma diante da porta de Draco. Um parte do meu coração queria bater ou simplesmente entrar, e a outra estava pedindo pra fazer a coisa certa. Eu sabia muito bem no que iria dar se eu entrasse, Draco estava se sentindo culpado e com toda certeza iria tentar me fazer voltar pra se redimir. Eu poderia apenas explicar que não estou bravo. Tudo que aconteceu entre eu e Draco foi devido a nossa falta de diálogo, não teríamos chegado aonde chegamos se eu tivesse dito desde o início. Ele poderia ter sido sincero comigo e ainda seríamos amigos.

Criei coragem pra abrir a porta, não tinha mais as minhas chaves mas estava destrancado. Quando entrei, estranhei de imediato o lugar, as luzes estavam desligadas, alguns móveis que eu não havia levado não estavam mais lá, os livros de Draco estavam empilhados em cima da mesa, a cozinha estava exatamente como eu deixei e as cortinas estavam fechadas. Procurei por Draco no ambiente da cozinha e na sala, não havia nenhum sinal dele. Comecei a entrar dentro do apartamento, fechei a porta, e tentei acender a luz.

— Draco? — Eu chamei depois de acender a luz da sala — Draco porquê está tudo tão escuro, cade você?

Me aproximei da cozinha e acendi a luz do cômodo também. Nenhum sinal dele.

— Draco!? — Eu falei em um tom de voz mais alto.

Eu entrei no corredor, não encontrei o interruptor pra acender, fui caminhando lentamente até a porta do quarto dele, xingando mentalmente por ele ter deixado tudo apagado mesmo sabendo que eu uso óculos.
Alcancei a maçaneta da porta e abri.

— Draco!?

Quase gritei quando ele acendeu a luz e pude ver sua imagem em pé em frente do portal do banheiro. Ele estava péssimo, olheiras em baixo dos olhos, o rosto um pouco mais marcado do que o comum. Ele me encarou com os olhos avermelhados, e então disse:

— O quê veio fazer aqui?

— Você me chamou., estava com voz de choro no telefone.

— Não achei que fosse vir, já se passou horas que te liguei.

— Eu estava na calçada, e depois na porta. Precisei de coragem pra entrar aqui.

Draco assentiu e abaixou o olhar novamente, apagou a luz do banheiro e entrou lentamente no cômodo do quarto. Ele se aproximou do guarda-roupas, e tirou um moletom que vestiu em seguida.

— Hermione não deveria ter tido aquelas coisas — Eu comecei, mesmo que ele ainda não me encarasse — Draco eu não quero mais fazer isso, eu fui embora pra ficarmos em paz, pra você ter paz desta confusão que eu te arrumei.  — Draco ainda tinha os olhos abaixados, ele começou a revirar em uma pilha de roupas em cima de uma escrivaninha e passou a dobra-las. — Se quiser, podemos esclarecer coisas que ficaram soltas, a começar por — eu me aproximei um pouco dele e apoiei meu braço na escrivaninha — Ainda somos amigos, o que eu senti ou deixei de sentir não vai mudar isso.

Tentei controlar o nó que se formava na minha garganta, eu tinha que ser firme agora.

— E a culpa não é sua — Eu continuei — Draco, por mais que eu tenha esperado coisas de você todo esses anos, por eu ter ficado melancólico por você estar em relacionamentos com outras pessoas ou simplesmente por ter feito tudo isso... foi eu quem coloquei expectativas onde não deveria. Eu tive que ficar um longo tempo sozinho naquela casa pra pensar melhor e entender que não poderia culpar alguém por não corresponder as minhas expectativas. Não vamos criar uma competição pra ver quem está se sentindo mais culpado, pois isso vai acabar conosco.

Inspiration > DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora