Capítulo 06 - Assimilação

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Notas do Autor

Olá meus nenêm, eu sei que demorei, mas vocês sabem que sempre volto, pois é, es me aqui.

Espero que não tenha desistido da historia, pq eu não desisti dela.

Agora chega de falar, boa leitura meus lindo..

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O som do despertador ecoava pelo quarto, mas o que acordou Tony foi a luz que entrava pela janela e incomodava seus olhos; entretanto, ele não se lembrava de ter deixado as cortinas abertas.

- Acorda, Almofadinha, temos que ir para a aula - a voz irritante de Bucky soou em seus ouvidos, mas estava com preguiça demais para sair debaixo das cobertas. - Anthony Edward Stark, levante essa bunda branca da cama, nós não temos a manhã toda.

- Me deixa, Barnes - resmungou cobrindo a cabeça com o edredom.

- Ah, é assim? Então vou jogar pesado... - Avisou e Tony revirou os olhos, depois sentiu seu colchão afundar levemente. - Um elefante incomoda muita gente. Dois elefantes incomodam, incomodam muito mais. Três elefantes incomodam muita gente. Quatro elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais. Cinco elefan...

- Pronto, já levantei, inferno! Está satisfeito? Agora cala a porra da boca - Tony avisou saindo da cama e interrompendo Bucky, que cantava a plenos pulmões.

O Stark foi para o banheiro com um bico nos lábios, estava prestes a cometer um assassinato. Não queria ir para a escola, mas nunca imaginou que Barnes fosse forçá-lo a levantar se esgoelando, e fazê-lo preferir sair do conforto de sua cama a continuar tendo seus tímpanos violentados pela voz de gato no cio do amigo.

Por precaução, Bucky olhou ao redor procurando algo que denunciasse se Tony tinha se machucado, ele sentia medo que o amigo tentasse novamente tirar a própria vida. Como sabia todos os truques de alguém que recorria a esse tipo de coisa, nenhum dos sinais escapava de seus olhos. Barnes não se orgulhava dessa habilidade, pois era uma lembrança de quando era mais novo e estava perdido no mundo drogas. Fora uma fase confusa e que não gostava de lembrar - mesmo que as marcas em seus punhos, nunca vá permitir que ele se esqueça -, mas graças ao apoio de Steve, ele conseguiu parar de se autodestruir.

Barnes olhou então para a bandeja de comida praticamente intocada e suspirou cansado; a falta de apetite de Tony o preocupava, ele já havia perdido muito peso e continuava a emagrecer. Bucky saiu do quarto com a bandeja em mãos, iria aproveitar que o amigo estava no banho para deixá-la na cozinha. Quando voltou o encontrou mexendo em seu closet e em menos de cinco minutos Tony apareceu vestido, mas todo desalinhado, muito diferente de antigamente. Barnes não resistiu e "tirou onda" com a expressão de poucos amigos do jovem Stark, adorava fazer isso com o seu amigo "Almofadinha", apesar de não gostar de vê-lo tão desleixado consigo mesmo.

Os dois rapazes desceram as escadas em silêncio, caminharam lado a lado até a sala onde estava sendo servido o café da manhã, o senhor e a senhora Stark já se encontravam sentados à mesa, os jovens acomodaram-se em suas cadeiras, um na frente do outro e o silêncio caiu sobre eles. Bucky comia lentamente observando discretamente os demais ocupantes do cômodo que pareciam perdidos em si mesmos; Maria comia uma porção de panquecas com calda de morango e entre as colheradas direcionava um olhar preocupado ao filho, que apenas mexia os ovos com bacon no prato em sua frente, já Howard lia um jornal enquanto bebericava uma xícara de café e não parecia notar que estava acompanhado de sua família.

Tudo o que Barnes sentia ao presenciar àquele momento era um grande vazio e isso não fazia bem ao Tony. Seu amigo precisava de uma família estruturada e amorosa para poder se curar dos momentos traumáticos que viveu. Notava que Maria desejava ajudar, fazer algo há mais, afinal, que espécie de mãe seria se não desejasse ajudar o seu único filho? Porém, era notável o seu medo de tentar algo mais afetuoso. Bucky fez uma anotação mental de que precisaria conversar com a senhora Stark o quanto antes.

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