Presságio

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O carro preto deslizava pelas ruas de Nova York, Adeline observava as luzes pela janela, o coração palpitando nervoso a medida em que se aproximava do prédio antigo onde Alex a esperava. Aqueles encontros furtivos durante a noite, eram a parte favorita de Adeline. Sentia falta do calor, do sorriso e do toque do rapaz.

Assim que subiu a longa escada e caminhou até o fim do corredor de forma apressada, Adeline Rockfeller sorriu.

Alex era tão bonito, era como  o próprio pecado lhe chamando.

Não houve tempo para palavras ou cumprimentos, quando ambos tocaram suas bocas, em um beijo necessitado. A jovem sentia todo seu corpo reagir ao contato do rapaz, uma sensação de estar em casa, de pertencer a algum lugar.
Alex a segurava como se fosse algo precioso demais, para que fosse bruto, era sua garota que estava ali. Trazendo toda sua luz, para sua vida escura e miserável. Quando o ar se fez necessário, desfizeram o beijo de forma lenta, tentando ao máximo manter aquela sensação.

- Como você consegue ficar mais linda, cada vez que te vejo? - Alex analisou a garota, que usava uma saia jeans escura e um suéter verde escuro. - Eu senti sua falta.

Adeline sentia cada parte de seu corpo vibrar com as palavras de Alex. Era impossível não se sentir completamente entregue a ele, quando notava a forma em que seu olhar queimava sua pele.

- Eu também senti sua falta.

Alex a pegou pela mão, lhe guiando até a pequena mesa, que não estava ali da última vez. Arqueou as sobrancelhas curiosa, notando que o lugar agora possuía um sofá escuro e uma pequena mesa redonda. E estava muito mais limpo.

- Ella, aquela garota consegue deixar qualquer lugar, apresentável. - Explicou Alex rindo pelo nariz, enquanto abria uma cesta de tiras, sobre a mesa.

Adeline encarava o rapaz, que agora acendia duas velas sobre um pequeno castiçal.

- Isso é, por acaso, um jantar romântico James? - brincou a jovem, percebendo a grande quantidade de comida que ele tirava da cesta.

Alex sorriu, as bochechas assumindo um tom vermelho, que parecia mais forte na pouca luz.

- Essa é a ideia... - parou de frente a ela, se abaixando para olha-la nos olhos. - Eu nunca te chamei para um encontro, então...

As palavras morreram em sua garganta, quando os lábios macios da garota caíram sobre os seus. A jovem deixou seus joelhos tocarem ao chão, a medida que aprofundavam o contato. Puxou delicadamente os cabelos curtos da nuca do rapaz, lhe arrancando um suspiro.
As mãos de Alex tocaram a base da saia da garota, os dedos gelados causavam arrepios em cada lugar que tocavam, subindo lentamente até a bunda firme da menina, trazendo-a para mais perto.

Adeline encarava o teto, tentando regular sua respiração cansada. As mãos de Alex brincavam com os cachos grossos de seu cabelo volumoso. Ela não conseguia sequer imaginar viver sem estes momentos, sem tê-lo sobre si, quando seus corpos chegavam ao ápice do desejo.

O jantar jazia esquecido, as velas queimando lentamente e dois jovens sentindo todo peso de seus sentimentos em seus corações.

- Adeline? - chamou-a, fazendo a jovem se virar no sofá confortável e olha-lo com atenção.

- Sim? - ela respondeu, tocando levemente os lábios entreabertos do rapaz.

- Você me daria a honra de acompanhá-la ao baile?

O peito de Adeline parecia estar em chamas, sonhara desde que se entendia por gente, que iria ao baile de formatura com seu primeiro amor.

- Nada me deixaria mais feliz, Alex. Mas... Como você vai conseguir ir sem que seu pai...

Alex e Adeline Onde histórias criam vida. Descubra agora