Prólogo: Início do Fim

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Apocalipse zumbi.

Eu sempre pedi para acontecer.

Os humanos eram simplesmente muito egoístas pro meu gosto. Eu pensei que se algo assim acontecesse, todos se juntariam para combater um mal comum.

Mas só piorou.

As pessoas ficaram piores. Matando uns aos outros por comida, abandonando quem antes eram seus amigos, até a própria família.

Acho que o desespero faz coisas assim acontecerem.

É um milagre eu ainda estar viva. Quando o primeiro infectado invadiu a escola, eu soube o que aconteceria dali pra frente.

Saí correndo do pátio, fui para a quadra e comecei a escalar a grade que estava ao lado do muro.

Quando observava o lugar, traçando planos de fuga para uma emergência como essa, meus amigos riam de mim.

Mas eles estão mortos, e eu viva.

Corri para minha casa - que ficava a apenas três ruas da escola - desviando dos infectados.

Graças a Deus eu praticava correr dos meus amigos idiotas.

Corri, corri desesperadamente. Quando cheguei no portão de casa, o tranquei e subi as escadas em menos de dois segundos.

Abri a porta e a tranquei também.

- Mamãe! - Exclamei, com cuidado para não fazer muito barulho. O que eu menos precisava era um grupo de zumbis para me atacar no segundo andar.

A cabeça da minha mãe apareceu de dentro do quarto, anteriormente com a porta fechada.

- Graças a Deus.

A abracei, me abaixando um pouco (É, eu sou 16cm mais alta que ela).

- Temos que sair. Cadê Miguel?

Ela apontou para dentro do quarto, onde meu irmão de sete anos dormia.

- Ótimo.

Coloquei água e toda a comida de que precisávamos numa mochila. Coloquei-a nas costas e peguei minha katana.

Ótimo presente, Vovó.

Quando uma avó pergunta a uma garota o que ela quer de presente de 15 anos, uma katana definitivamente não está na lista.

Mas eu não sou só uma garota.

Andamos até o centro da cidade - que consiste de um supermercado e algumas lojas (Cidade pequena, não?) - e entramos em um apartamento.

Isso foi há três dias. Meu irmão já sabe que tem que ficar quieto perto daquelas coisas. Meu pai não voltou da fábrica em que ele trabalhava como profissional de T.I. e não há sinal de vida aqui. Amanhã de manhã vamos invadir o supermercado do outro lado da rua, porque nossos suprimentos estão acabando.

Precisamos sair daqui.

Nem minha mãe nem eu sabemos dirigir, então temos que arranjar outro jeito de sair desse buraco. Se pelo menos meu pai estivesse aqui...

Mas ele não está. Não me surpreenderia se dissessem que a empresa em que ele trabalhava foi o primeiro lugar infectado.

Eles faziam algumas coisas bem estranhas lá.

Mas de volta ao assunto.

Acho que tem algum jeito de ir para a próxima cidade sem um automóvel. Daqui até a próxima cidade são 17km. Não é tão difícil pra mim, mas minha mãe e meu irmão não vão conseguir andar. E pelo que eu sei, a estrada pode estar completamente bloqueada por zumbis.

É muito perigoso.

Mas é preciso. Precisamos de comida, água e um jeito de nos mover.

E temos tudo isso naquele supermercado.

O supermercado com grandes portas de vidro, recheado de infectados, do outro lado da rua.

A/N: Yo! Espero que tenha gostado.

Essa foi só uma ideia que tive há um tempo e eu pus no papel.

Vou atualizar o mais rápido que puder.

Abraços, Mel-nyan >3<

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