Paralelos

87 13 6
                                    

Oii 
Pessoal, eu sei que o momento que a gente tá passando é um dos mais difíceis, mas é necessário termos esperança, mesmo que seja muito difícil. Eu mesma tô tentando manter um pouco de sanidade, porque todo dia é uma tragédia diferente que acontece ao redor. Não sei como consegui fazer mais este cap, mas eu vou tentar atualizar o máximo de histórias, pra modo não ficar pensando nas coisas ruins que estão acontecendo agora. Mas acredite, uma hora essa crise toda vai passar e a gente vai poder respirar aliviados. 
Enfim, sem mais delongas 
Uma boa leitura e fiquem bem o/ 
PS: fogo nos fascistas

____________________________________


Pov's Frank

– Mãe! A senhora não vai acreditar!

Entrei no pequeno cubículo que chamava carinhosamente de lar que ficava nos subúrbios de Newark. Mas por pouco tempo. Minha ansiedade estava a mil, e essa novidade que tinha pra contar para ela iria melhorar e muito a nossa vida. 

– Mãe?– Adentrei com cuidado. Ouço um barulho vindo da cozinha. Corro rapidamente para ver o que era. Linda estava de avental, parada em frente ao fogão, preparando algo no fogo.

–Mãe! O que foi que eu disse sobre você fazer muito esforço? O médico disse pra você repousar.– Digo, com um certo tom de indignação. Realmente ela é teimosa.

– Frank... Eu não estou levantando peso nem nada...  eu só estava fazendo um café, e depois, eu já descansei até demais, inclusive, hoje eu acordei melhor.– Mamãe me lançou um sorriso, como se dissesse que estava tudo bem, mas eu sabia que não estava.

Há mais ou menos um ano, meu pai acabou morrendo em um acidente de trânsito. Desde então, eu estava fazendo de tudo para para tentar manter a casa, já que minha mãe foi diagnosticado com leucemia logo após a morte dele, tive de tentar tudo quanto era trabalho para conseguir pagar os remédios dela e trazer algumas despesas para casa. Tudo parecia tão difícil nesses últimos tempos. Eu sentia que a qualquer momento eu perderia minha mãe. E eu ficaria sozinho no mundo. Eu estava fazendo de tudo para conseguir trazer um pouco de conforto para ela, mesmo que isso significasse abrir mão do meu.

– Olha... Não precisa se preocupar. Eu já tomei meus remédios, eu já me sinto melhor– Linda me lança um olhar carinhoso.

– Desculpas, mãe... É que, eu só não quero que você fique cansada... Olha, se quiser, deixa que eu faça esse café pra você...– Me aproximei do fogão. Linda começou a dar risadas, o que me deixou um pouco desconcertado.

– Frank, meu filho... Você é quem esta cansado, de tanto trabalhar... Olhe só para você, com estas olheiras gritantes...– Mamãe passa a mão levemente até o lado da minha bochecha, num gesto de carinho. Mas logo sua expressão boa muda para melancólica– Frank, eu sinto muito que você tenha que se virar sozinho, eu queria muito te ajudar, mas acho que estou sendo um fardo pra você...

– Não mãe, não diga isso nunca! Eu te amo, e não me importo de trabalhar duro. Eu quero que você fique bem e isso é o mais importante no momento.– Dou um sorriso de volta. Linda sorriu de volta e sentou se na cadeira do pequeno balcão da cozinha.– Bem... Mas eu não vim aqui correndo só pra falar de coisas tristes... Mamãe, eu tenho uma novidade muito boa.

– Sério? Então me conta.

– Olha, lembra que semana passada eu tinha dito que tinha uma vaga de serviços gerais lá naquele cassino grande que abriu recentemente aqui em Nova Jérsei? E lembra que eu levei o meu currículo?

– Sim, meu filho, você estava empolgadíssimo com essa vaga...

– Então...– Fiz uma pausa dramática e logo em seguida eu sussurrei.– Mãe eu fui chamado pra entrevista. E vai ser amanhã. – Ela abriu um sorriso, seus olhos se encheram de lágrimas, e os meus também.– A gente finalmente vai poder pagar quase todas as contas, comprar seus remédios e... E ainda vai sobrar pra gente fazer o que quiser! Quer dizer, claro, desde que tudo o que quiser quer dizer, tudo que for barato, mas já é um começo.

The Usurper (Frerard)Onde histórias criam vida. Descubra agora