eu posso lutar?

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Observei kacchan sendo empurrado pelo menino que tinha puxado meu cabelo, Katsuki-chan estavam fazendo pequenas explosões em suas palmas. Ele estava com raiva, não que isso fosse anormal, porém aquele menino devia ser da sexta série...

- k-kachan v-vamos em bora... 

- Eh a sua namoradinha tá tentando te proteger, já que você é tão fraco assim, pirralho.

Eu disse me encolhendo, eu tinha medo... medo de machucarem meu amigo, medo de me machucarem, queria defender kacchan mas estava muito assustada... ainda éramos só crianças, kacchan tinha descoberto sua individualidade a poucas semanas, porém isso me deixava mais aflita pois também queria logo meu poder... 

- CALA A BOCA! 

E logo vi meu melhor amigo levar uma surra, ele estava com vários machucados no corpo e aquilo me deixava triste, as lágrimas não paravam de sair e ele notou isso e me deu um abraço.

-não chora izu-chan, eu tô bem viu! 

Ele deu um sorriso, grande como o de nosso herói, aquela atitude me deixou com um sorriso no rosto. 

-k-kachan você tá sangrando! 

Ele passou a mão na testa, mas mesmo olhando o vermelho continuou com aquele sorriso. 

-Ah, lembrei de algo, mamãe sempre beija pra ficar melhor, então vou beijar o seu dodoi. 

Ele ficou emburrado e com as bochechas vermelhas, mas aquilo não me impediu; o beijo foi próximo ao local do corte, e foi uma sensação boa, mas a surpresa veio depois que eu me afastei, o corte tinha se fechado e kacchan me olhava com admiração. 

-Minha testa não está mais doendo izu-chan!

Eu peguei o braço dele, havia alguns ralados ali e aconteceu a mesma coisa, se foram e parecia que kacchan nem tinha entrado na briga.

-a tia inko vai ficar muito feliz! Vem vamos contar izu-chan! 

Logo estávamos correndo pra minha casa, naquele dia ficaram todos felizes com minha individualidade, eu conseguiria ser a heroína que sempre quis...

...

Logo já estávamos maiores. Kacchan e eu estavamos voltando de bicicleta naquela tarde, eu tentava acompanhar mas ele ia muito rápido na ladeira, parei minha bicicleta. 

-K-kachan! Cuidado com a decida! 

-CALA a boca você não é minha mãe Deku!!!

E ele desviou pra calçada e não deu outra; ele estava caído com vários arranhões e cortes, seus chingamentos ficavam mais altos enquanto eu me aproximava, eu me abaixei no chão olhando pro loiro que agora me encarava com uma cara de: "Não fala nada." Dei um pequeno sorriso. 

-de que você tá rindo porra? 

-Ah nada, so você que se estatelou todo, quer que eu te cure? 

-Claro porra, vai logo! 

Revirei os olhos e beijei sua bochecha, quando olhei ele ainda estava do mesmo jeito, minha confusão foi notada por ele. 

-Que aconteceu? Porque não me curou?! Pra que a demora?!

-hm... 

Apoiei minhas mãos nos ombros dele, ele me encarou com confusão; aprendi com o passar dos anos que minha individualidade tinha níveis, beijos no local da ferida a curavam mas só ali, beijos na bochecha curavam a maior parte dos machucados, e b-b-beijar n-na boca garantia uma cura completa, antes que me perguntem sim. Meu primeiro beijo foi com o kacchan, ele havia se envolvido em uma briga com uns caras que disseram que ele não iria ser um herói, naquele dia ele quebrou o braço... 

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