XIII

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Pude bem cedo conhecer melhor  aquela  flor...

Sempre houvera, no planeta do pequeno príncipe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e que não ocupavam lugar nem incomodavam ninguém. Apareciam certa manhã na relva, e já à tarde se extinguiam. Mas aquela brotara um dia de um grão trazido não se sabe de onde, e o principezinho vigiara de perto o pequeno broto, tão diferente dos outros...

Podia ser uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e começou então a preparar uma flor. O principezinho, que assistia à instalação de um enorme botão, bem sentiu que sairia dali uma aparição miraculosa! Mas a flor não acabava mais de preparar-se, de preparar sua beleza, no seu verde quarto. Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma sua pétalas. Não queria sair, como os cravos, amarrotada. No radioso esplendor da sua beleza é que ela queria aparecer. Ah! Sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toalete,portanto, durara dias e dias. E eis que uma bela manhã, justamente à hora do sol nascer,havia-se, afinal, mostrado. 

E ela, que se preparava com tanto esmero, disse, bocejando: 

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E ela, que se preparava com tanto esmero, disse, bocejando: 

- Ah! Eu acabo de despertar... Desculpa... Estou ainda toda despenteada... 

O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto: 

 - Como és bonita!  

- Não é? - Respondeu a flor docemente. - Nasci ao mesmo tempo que o sol... 

O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente! 

- Creio que é hora do almoço.. - acrescentou ela. - Tu poderias cuidar de mim...

 E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor.

 E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor

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Assim, ela o afligira logo com sua mórbida vaidade. Um dia por exemplo, falando dos seus quatro espinhos, dissera ao pequeno príncipe: 

- É que eles podem vir, os tigres, com suas garras! 

 - Não há tigres no meu planeta. - objetara o principezinho. - E depois, os tigres não comem erva.

 - E depois, os tigres não comem erva

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- Não sou uma erva. - respondera a flor suavemente. 

- Perdoa-me...

 - Não tenho receio dos tigres, mas tenho horror das correntes de ar. Não terias acaso um pára-vento? 

 Não terias acaso um pára-vento? 

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"Horror das correntes de ar... Não é muito bom para uma planta" Notara o principezinho. "É bem complicada essa flor..." 




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