Um encontro inesperado

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**APOLO**

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**APOLO**

Voei até a varanda do quarto de meu pai, bastante alterado. Esmurrei o parapeito, descontando minha frustração. E em seguida descansei as costas contra a parede com os braços cruzados. Não podia deixar de pensar: "Por que ela não me quis? Não entendo...". Suspirei, relembrando das curvas do seu corpo e de seus belos lábios carnudos: "Eu a quero...".

- Tem alguém aí? - Ouvi a voz do meu pai.

Abri a porta e entrei no quarto.

- Sou eu, meu pai.

Deitei relaxadamente em seu sofá, olhando para o teto, sem ainda acreditar que tinha sido rejeitado. "Ela deve estar se fazendo de difícil, só pode ser isso!" - Concluí.

Meu pai, que ajeitava sua gravata em frente ao espelho, me deu uma rápida olhada:

- O que faz aqui, Apolo? - E voltou a fazer o seu nó, um tanto apressado.

- Nada demais meu pai... só quero conversar um pouco...

- Conversar, é? Tem alguma coisa que o incomoda? - Ele perguntou, agora vestindo um bonito casaco preto, com ombreiras prateadas.

- Não... apenas queria perguntar algo ao senhor.

-Seja breve então, daqui a pouco tenho uma reunião com o conselho. - Ele encarou-me de novo. - E, a propósito, você deveria ir também!

Revirei os olhos com uma expressão de tédio:

- Não, obrigado, eu passo!

Ele apoiou as mãos na escrivaninha, para onde caminhou para recolher alguns mapas, e olhou-me seriamente:

- Você será rei Apolo! Como fará quando eu não estiver mais aqui e tiver este reino enorme para governar? São muitas vidas que dependem de nossas decisões, meu filho...

Eu apenas sorri sem graça:

- Você ainda vai viver muito pai! E eu já lhe disse várias vezes que não quero e não serei rei!

Ele levou a mão a testa:

- Você não tem que querer! O espírito da lua, por alguma razão que eu nunca vou entender, escolheu você! É seu dever honrar essa escolha e se preparar.

Enchi as bochechas, aborrecido com o rumo da conversa. Era sempre isso!

- Esse espírito pode mudar de ideia e se não mudar, eu o farei mudar! - Respondi, elevando um pouco o tom da minha voz.

- Não é assim que funciona...

- Talvez sim, talvez não, veremos! - Sentei-me no sofá, já aborrecido. Mas logo passei a mão em meus cabelos, tentando recobrar a calma - Não é sobre isso que vim falar. - Resmunguei, cruzando os braços.

O reino das fadas: A rainha de todas as fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora