"O baú..."

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Josh pov

   Depois daquele dia na festa eu não parava de pensar no nome em que eu falei, parecia um nome muito importante para mim, um nome que fazia e estranhamente acho que ainda faz parte da minha história. Na manhã seguinte eu decidi ir no porão ver algumas coisas que tinha da minha família, o que eram poucas.

   Chegando naquele lugar escuro e sombrio vou até o baú com o 'Beauchamp' gravado no perto da fechadura. Quando abro o mesmo tenho apenas a visão de três coisas; Uma carta, Um tipo de abotoadora e Um paninho que tinha uma mancha vermelha, não sabia ao certo se era suco ou até mesmo sangue. Então decido olhar mais o pano, todos seus detalhes e então chego na borda onde lá havia as iniciais de um nome 'J.B'.

   Sabia que não eram minhas iniciais pois não tinha nada com iniciais gravadas, e nem dos meus pais pois aquelas não eram a iniciais de ambos. Então só me restava a minha irmã, nunca consegui lembrar o nome dela, apenas a primeira letra. Para esquecer um pouco da minha irmã decido abrir aquela carta que nunca havia aberto e que apenas conseguia ver a quem era interessada; 'Para meu querido Gustavo'. Ao abrir imaginei que pudesse ser para meu pai;

"Querido Gustavo,

    Olá meu amado, imagino como deva estar se sentindo nesse inverno rigoroso. Espero que sua mãe possa ter melhorado de seu mau-estar.

   Estou te mandando essa carta para te dizer Adeus e para dizer que sempre vou te amar, não importa o tempo, distância ou com quem esteja, eu sempre te amarei. Portanto te escrevo para desejar-te felicidades e espero que junto com sua futura esposa Sara você consiga manter-nos em paz e seguros, nos guiando e tomando as melhores decisões.

   Espero que um dia paremos de julgar o amor entre Plebeu e Realeza. Não sabemos ao certo o que ira acontecer em nosso futuro, nem mesmo se iremos nos casar, pois sempre seremos conectados pelo nosso amor. Se um dia, quando estivermos casados e com filhos os mesmos se encontrarem mesmo sendo de diferentes classes possam se apaixonar, e quem sabe nos reencontremos novamente.


Beijos da sua doce, amada e eterna Isabel."

Após ler fico pensando na imaginação que meus pais tinham para se comunicar como se fossem do passado. Quando estava prestes a guardar a carta de minha mãe vejo que havia um outro papel, com uma letra diferente, então decido abri-la 

"Minha doce Isabel

   Consigo imaginar seu receio ao me enviar sua carta com sua perfeita caligrafia, neste momento estou no calabouço escondido de meus pais para poder te escrever. Tenho medo de me casar com Sara, pois acredito que ela não seja suficiente para comandar o reino junto a mim. Acredito, não eu apenas como minha mãe que tem um grande carinho por você, temos mais confiança em que você possa comandar um reino.

    Desde a ultima colheita, quando você ajudou a minha irmã enquanto Sara apenas olhava, eu fiquei apaixonado mil vezes mais, como se houvesse uma manada de elefantes pisoteando meu pulmão e me fazendo perder o ar. Quero que saiba que mesmo estar me casando por dever sempre te amarei e creio que um dia ainda poderemos ficar juntos.

    Se quiser ter o seu feliz para sempre comigo, venha até o jardim das rosas quando a lua estiver em seu pico, e vá comigo para um lugar onde poderemos construir nossa história, um lugar em que ninguém nos conheça.

Um presente pro passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora