Parte VII

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Quebra de tempo, 2 anos.

Nunca imaginei que ser pai de um filho meu com o dobe seria tão cansativo. Ainda mais dois, Adam dorme em qualquer lugar, me deixa desesperado atrás dele, tão desesperado que tivemos que nos mudar para uma casa de piso unico, pois era perigoso a escada. Já Sayuri tem um complexo uchiha aflorado, nunca vi criança mais mandona, e eu achei que a Sarada já dava conta do recado.

No momento estou preparando o café da manhã, parece que tenho um exército em casa, parece que todos puxaram o apetite do meu ômega. Ri sozinho enquanto mexia os ovos na frigideira, até ouvir um bocejo manhoso ao meu lado e sentir um puxão na minha calça, olho para baixo e vejo a coisa mais linda do mundo. Meus dois bebês coçando os olhos e esticando o braço livre.

— Bom dia._ disse enquanto pego Sayuri, colocando-a em cima do balcão.

— Bom dia papai._ ouvi a voz do meu garotinho que logo tratei de pegar no colo, ele encostou o rosto em meu ombro e logo senti seu ressonar. Eu disse que ele dormia em qualquer lugar.

Terminei o café da manhã com meu filho pendurado como um macaquinho em cima de mim. Percebi que minha filha mais velha estava sentada na cadeira ao lado do balcão com uma carinha de sono brincando com a irmã, dei uma risada ao ver ela toda nervosinha com o óculos, estava bem emburrada por ter que usar óculos. Me aproximei dela afastando a franjinha repicada e dando um beijo em sua testa. Coloquei Adam em sua cadeirinha, e fiz o mesmo com Sayuri.

— Sarada ajude seus irmãos à comer._ recebi um aceno como resposta e logo peguei uma bandeja de café e segui para o quarto observando a cena mais linda do mundo. Me aproximei e acariciei os cabelos loiros ouvindo um resmungo, dou um beijo em sua testa o vendo se remexer querendo sair de perto._ Hora de acordar, complicação, já dormiu demais.

Deixei ele resmungando e coloquei a bandeja em cima do criado mudo, logo me encaminhando até a cama, me sentando na beirada observando os olhinhos negros e raivosos do meu caçula. Mostrei a língua para ele, me deitando ao lado do meu esposo e o abraçando com propriedade encarando a minha cópia de cabelos loiros enquanto sussurrava "meu".

— Sai, papa é meu.

Escondi o rosto no pescoço do meu ômega, sentindo seu cheirinho de ameixa, enquanto meu filho empurrava meu rosto. Logo ouvi a risada rouca de sono do meu esposo, dei beijinhos na pele bronzeada sentindo seus dedos acariciarem meus cabelos.

— Eu sou dos dois, podem parar.

Seu corpo logo se ergueu para encostar na cabeceira da cama, enquanto a criaturinha loira se aninhou em seus braços me olhando enquanto eu arqueava a sobrancelha. Ele realmente é uma cópia minha. Ri baixo agora olhando nos olhos de meu esposo, aqueles olhos azuis com aquele brilho que eu tanto amava, me aproximei dando um selinho em seus lábios ouvindo o pequeno resmungar.

— Pra quê tanto ciúmes, quer que eu te dou beijinho também?_ disse encarando o bebê que estava com um biquinho raivoso nos lábios, me aproximei dele devagar o vendo se afastar e logo iniciei uma sessão de cócegas, o fazendo gritar e dar uma risada gostosa, levanto seu pijama enchendo a barriga gordinha de beijos.

— Pala papai._ ouvi ele dizer com a língua enrolada, logo o peguei no colo me sentando ao lado do meu esposo que observava enquanto beliscava o café que trouxe para ele.

Vocês devem estar se perguntando da onde surgiu essa criaturinha que está inquieta em meus braços me abraçando, bem bipolar ele né?! Ele foi nossa pequena complicação, isso. Meu ômega esperava trigêmeos, engraçado né? Os médicos não conseguiram ver ele no ultrassom pois estava atrás dos dois irmãos maiores. Com certeza eu fui zoado por ser bom no que faço, não posso negar. Não brincamos em serviço da onde vim, e agora acho que terei que fechar a fábrica, não sei se irei aguentar mudar para uma casa maior. Desvio o olhar para a barriguinha saliente do meu omega que retribuiu meu olhar com um sorriso alegre.

Pouco tempo depois vejo três furacões entrarem no quarto e escalarem a cama vindo se aninhar em nós. E a vez do pequeno loiro dar crise de ciúmes, só que agora é comigo por causa de Adam querer vir para o meu colo também. Dou uma risada e logo deitei meu caçula em minha coxa acariciando sua barriguinha enquanto ele abre um sorriso sapeca com seus quatro dentinhos da frente.

— Sabe Naru, esse sorriso aqui._ disse apontando para o pequeno que agarrava meu dedo._ É o melhor presente que o papai poderia ganhar.

Dou uma risada chorosa, logo sendo abraçado pelas crianças, e meu esposo me dando um selinho nos lábios. Eu com certeza poderia ser considerado o homem mais feliz do mundo, e com o melhor presente de aniversário, pois no dia 23/07/2018, às 00:11h, nascia o meu bem mais precioso. Pego meus trigêmeos no colo logo me encaminhando para o banheiro da suíte.

— Vocês sabem que dia é hoje?_ me abaixo para ficar da altura deles e eles acenam com a cabeça antes de responder.

— É aniversário do papai._ gritou Adam levantando os bracinhos, mas logo fui abraçado pelo caçulinha loiro._ E do Yato-chan também._ ri baixo apertando o abraço do meu pequeno, logo ligando o registro da banheira deixando-a encher.

— Então vão tomar um banho bem gostosinho para irmos fazer piquenique._ disse ao tirar o pijama de cada um ouvindo os gritinhos eufóricos, ao ter a banheira pela metade desligo a mesma colocando-os na banheira junto com alguns patinhos, olho para a porta vendo meu omega me observando com a mão sobre o ventre. Me levanto logo dando um beijo em seus lábios._ Obrigado por me dar o melhor presente de aniversário, amor.

— Eu que devia agradecer, por estar sempre comigo, eu te amo Sr. Uchiha, feliz aniversário._ recebi um sorriso lindo logo o abraço sentindo seus lábios mornos sobre os seus ouvindo algo como "eca" vindo das crianças. Finalizei o beijo olhando para os pequenos rindo brincando na banheira.

— Com certeza, esse sorriso é o melhor presente de aniversário que o papai poderia ganhar.

Fim.

Um Sorriso Para o Papai - SasuNaru SNS ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora