𝐂𝐚𝐩𝐢̀𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐈𝐈

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𝐒eungri adorava receber atenção

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𝐒eungri adorava receber atenção. Ele vivia para isso, na verdade. Desde garotinho, buscava maneiras de ser o centro de tudo. Ele andou antes que todos da sua idade. Ele falou primeiro e, conforme foi ficando mais velho, tornou-se mais alto e mais belo que qualquer um. Com seus cabelos escuros, olhos penetrantes e ombros largos, era realmente bonito. As garotas o amavam; os garotos o veneravam. E Seungri? Ele absorvia toda a atenção e regozijava-se com ela.

Havia um limite de atenção que Seungri poderia receber crescendo em uma pequena aldeia. Isso o aborrecia. Então, para sua satisfação, a França se envolveu na guerra. Seungri não via a guerra como uma oportunidade de defender seu país, mas como uma chance de usar um uniforme elegante e impressionar as mulheres — o que ele fez com gosto quando se tornou um herói de guerra condecorado doze anos antes.

Seungri ainda usava sua farda.

E ainda acreditava ser o homem mais belo e másculo de toda a aldeia.

Agora ele montava seu grande garanhão preto, fitando a aldeia do promontório que Ihe permitia vê-la do alto. Seu tórax se avolumava sob um peitoral dourado deslumbrante. Os músculos em seus braços saltavam conforme ele puxava as rédeas do
cavalo, fazendo o animal dançar nervosamente. Amarrados à sela, estavam seu fiel mosquete e as recompensas de sua caçada. Como sempre, ele tivera uma tarde de sucesso na floresta.

— Você não errou um tiro, Seungri — disse o homem ao lado dele.

Se Seungri era um leão, como já haviam dito ao longo dos anos, o outro homem era um gato doméstico. Sehun era tudo que Seungri não era. Enquanto Seungri era alto e musculoso, Sehun era baixo e fraco. Enquanto Seungri era todo elegância, movimentos treinados e falas bem ensaiadas, Sehun era só tropeços e balbucios incompreensiveis. Enquanto Seungri era conhecido e venerado por todos, Sehun era uma mera nota de rodapé aos olhos dos aldeões. Ainda assim, Seungri estimava o pequeno rapaz: mais pelo fato de ele ser seu maior fã.

— Você é o maior caçador da aldeia — Sehun continuou.

Seungri lançou-lhe um olhar fulminante e ele rapidamente corrigiu:

— Quer dizer... do mundo.

Seungri estufou ainda mais seu peito já inflado e ergueu o queixo no ar como se posasse para um artista invisivel.

— Obrigado, Sehun — disse. Ele olhou para baixo para ver o que Sehun havia "capturado" (um punhado de vegetais) e ergueu uma sobrancelha. Então, acrescentou com ironia: — Você também não foi tão mal.

— Um dia desses vou aprender a atirar como você — comentou Sehun, alheio à zombaria de Seungri. — E falar como você. E ser alto como você.

— Deixe disso, velho amigo — disse Seungri, fingindo não ter adorado cada elogio. — A glória refletida é tão boa quanto a original.

Sehun inclinou cabeça, confuso. Ele abriu a boca para falar, mas parou quando viu Seungri se endireitar na sela. Os olhos do homem de cabelos escuros se estreitaram, como se fossem de um lobo avistando uma presa. Seguindo o olhar de Seungri, Sehun viu o que havia chamado a atenção de seu amigo. Logo adiante, Lisa abria caminho pela praça da aldeia. Seu vestido azul vivo reluzia em contraste com seus fartos cabelos castanho-avermelhados. Mesmo àquela distância, Sehun conseguia ver que as bochechas dela estavam coradas.

🌹𝐴 𝐵𝑒𝑙𝑎 𝑒 𝑎 𝐹𝑒𝑟𝑎🌹 (𝐿𝑖𝑠𝑘𝑜𝑜𝑘) Onde histórias criam vida. Descubra agora