𝐂𝐚𝐩𝐢̀𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐕𝐈𝐈

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𝐒eungri ainda não podia acreditar

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𝐒eungri ainda não podia acreditar. Ele havia sido rejeitado. Friamente, categoricamente, completamente rejeitado. Sentado em sua cadeira favorita em seu canto preferido na taverna da aldeia — bem embaixo da parede que exibia todas as galhadas e troféus que ele havia ganhado — Seungri não conseguia se livrar da sensação ruim na boca do estômago. Nem mesmo Sehun, sentado ao seu lado e lhe dizendo o quanto ele era fantástico, dissolvia a tristeza que ele sentia.

— Imagine, Sehun — disse Seungri, dando um grande gole em sua bebida. Ele gesticulou com as mãos. — Uma cabana rústica. Minha última caçada assando ao fogo. Crianças adoráveis correndo à nossa volta enquanto minha amada massageia meus pés cansados.

— Ooh! O que está assando ao fogo? — perguntou Sehun, sempre um espectador cativo e interessado. — São os pequenos detalhes que realmente compõem a imagem.

Seungri disparou um olhar para o pequeno homem por ter interrompido seu monólogo.

— E aí, o que Lalisa diz? — perguntou o belo homem, com a imagem já clara o bastante em sua mente. — "Nunca me casarei com você, Seungri." — Ele bateu o copo na mesa em um acesso de raiva.

— Existem outras garotas — ressaltou Sehun. Ele acenou para trás, para um grupo de mulheres. Seungri mal olhou para elas, mas foi o suficiente para causar risadinhas.

Sehun estava certo. Seungri poderia escolher qualquer uma das garotas da aldeia... ou da próxima aldeia. Ou de qualquer aldeia, a propósito. Mas não era esse o ponto. Ele não queria nenhuma daquelas mulheres.

— Um grande caçador não desperdiça seu tempo com coelhos — disse ele. Suas palavras ecoaram pela taverna, arrancando sorrisos de flerte do rosto das garotas.

Afundado em sua cadeira, Seungri brincava distraído com um pedaço de linha solta da almofada surrada. Sehun tentava animá-lo, mas ele mal prestava atenção. Os argumentos do parceiro — de que ele era o mais corajoso, mais forte e mais admirado homem da aldeia — estavam batidos. Seungri já ouvira todos antes. E, claro, ele sabia que era tudo verdade. Ele era excepcional. Ele era o herói da aldeia, o melhor caçador que havia; era bom até mesmo com decoração — galhadas davam um toque especial aos cômodos, em sua opinião —, e ninguém duvidava que ele era o maior e mais bonito dos homens.

Mas de que adianta tudo isso ser verdade, pensou Seungri, sé Lalisa não reconhece?

Naquele instante, a porta da taverna se abriu. Kai apareceu na entrada. Seus olhos estavam ferozes e suas roupas, rasgadas. Ele se segurou no batente quando um acesso de tosse abalou seu corpo.

— Socorro! — disse ele assim que a tosse acalmou. — Alguém me ajude! Temos que ir... Não há tempo a perder..

Enquanto falava, Kai se moveu para dentro da taverna, buscando o calor do fogo que rugia na lareira. Vendo como o homem estava desequilibrado, o dono da taverna tentou acalmá-lo:

🌹𝐴 𝐵𝑒𝑙𝑎 𝑒 𝑎 𝐹𝑒𝑟𝑎🌹 (𝐿𝑖𝑠𝑘𝑜𝑜𝑘) Onde histórias criam vida. Descubra agora