dead😵

2K 175 245
                                    

Any Gabrielly
Los Angeles, 19:15 p.m

Merda. Não era para ser tão bom, eu só queria interromper as perguntas, eu não quero estragar a amizade deles, e nem dar a notícia que ele têm sido feito de trouxa, por alguém que ele considera seu irmão.
Quando nossos lábios se encontraram minha mente ainda pensava que isso era só para tirar a atenção dele, mas agora eu não sei se consigo parar. Seus lábios se movem de uma forma suave, mas ao mesmo tempo com desejo, ele posiciona a mão na minha cintura e a aperta com força, se eu estivesse em outro momento já teria o acertado no rosto, mas agora só faz com que eu queira mais de Noah. Minha mesa está pressionada nas minhas costas, para que nenhum dos dois acabe deslizando, cruzo meus braços em seu pescoço trazendo ainda mais seu corpo para junto do meu. No meio do beijo ele deu uma mordida no meu lábio inferior o que me fez estremecer.

Nós afastamos após alguns selinhos, ofegantes, controlando a respiração, nossa testa está colada uma na outra, e ele passa o dedo se uma forma carinhosa pela minha bochecha, e eu passo os meus dedos pelo seu cabelo. Seus olhos verdes estão me encarando quando eu abro os meus olhos finalmente. Ele iria falar alguma coisa, mas um som estridente fazendo a gente se afastar brutalmente, tocou por todo o lugar, fazendo a porta ser aberta com força.

Sabina: Any, ativaram o alarme da base do lado Sul. -Minha amiga está ofegante, provavelmente por ter corrido.

Quando ativam o alarme a regra é clara: Estamos sendo atacados, podemos morrer, e se tem probabilidade, eu morro. Então faço o que tenho que fazer, pego minhas chaves, a minha arma, e saio correndo pela porta, deixando todos que não conhecem a regra me olhando desentendidos. Sabina sabe como desligar o alarme. Não é a primeira vez que isso acontece, mas a do Sul nunca tinha sido invadida, por ser a mais importante e a mais protegida do comércio, o que me deixa um pouco receosa, mas não assustada.

Entro no meu carro, giro a chave, e acelero o mais fundo que eu consigo. Merda. Por causa da hora têm trânsito nessa desgraça de cidade, a avenida principal está parada, então tenho que virar a esquerda na próxima rua, que pelo capeta está longe, até demais. Meus dedos não param quietos no volante e meu pé pressiona o acelerador o tempo inteiro. Put• merda não sabem dirigir nessa droga de cidade. Até penso em buzinar, mas isso só formaria uma caos. Abro e fecho o porta luvas, a procura de algo? Não, mas estou muito nervosa para pensar nisso agora.

Minha idéia era passar pela avenida por ser uma linha reta, não olhei o horário quando saí da minha sala, olho pelo vidro e vejo um pai segurando a mão de sua filha, olha para frente de novo e fecho os olhos, sentindo eles marejados.

flashback on:

Marcos: Tire essa droga de roupa, agora Any Gabrielly! -Olhei para baixo encarando o vestido preto no meu corpo. E o salto alto que o estava acompanhando .

Any: Eu não vou tirar! Para de controlar as minhas coisas! -Meu progenitor que estava escorado no canto da sala deu alguns passos para ficar cara a cara comigo. Me fazendo estremecer ao ver seu rosto expressando raiva.

Marcos: Eu controlo sua vida, porque sou seu pai, e você vai fazer o que eu mandar, sua cadela! -Meus olhos marejaram, mas eu não abaixo a cabeça para quem não me respeita. Muito menos para um babaca.

Any: Eu estou bonita! Eu estou me sentindo bonita! Eu vou sair do jeito que eu quiser! -Ele ergueu meu queixo com a mão, para que eu olhasse diretamente em seus olhos. E deixou escapar um sorriso sarcástico.

Marcos: Você parece uma vadia! -Tiro sua mão do meu rosto, e dou um passo para trás.

Any: Você não tem esse direito! Uma mulher não é vadia por usar a roupa que ela bem entender, o corpo é meu, quem decide o que fazer com ele sou eu, e não você! E você não manda em mim! Você não é meu pai! É um cara que abandonou uma mulher grávida com uma filha, para viver na putaria, e voltou porque não tinha dinheiro para se sustentar! Você não tem peito para mandar em mim, e muito menos para ser meu pai! Você não vale nem a maconha que você anda fumando! - Ele corta a distância entre nós, e o próximo som a ser escutado, é quando a mão dele acerta o meu rosto, virando meu maxilar para o lado e meu ouvido ficar zunindo, meu olho se fechou com força para eu conseguir me controlar. Respiro fundo e o olho com ódio.

•City In Flames•Onde histórias criam vida. Descubra agora