19.- Obra de arte.

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Noah point of view.


Olho para D e sorrio abertamente, vê-la deitada com a cabeça em peito se tornou a cena mais linda de todas.

Okay! Eu estou agindo como um virgem apaixonado de 16 anos, mas eu não me importo.

As coisas começaram a voltar ao normal na semana passada, quando ela veio até quarto me ouvir cantar e aquilo rendeu mais do que eu esperava.

Levanto, tomo banho e faço minha higiene. Ponho uma roupa confortável e caminho descalço até a cozinha.
           
               
                               {...}

Seguro a bandeja firmemente tentando equilibrar o peso da mesma, caminho até o quarto e fico uns bons segundos tentando abrir a porta.

Entro, mas D não está na cama.

ㅡ Babe? – Ela respondeu um “oi” do closet e logo aparece no meu campo de visão usando um roupão de banho e uma toalha na cabeça. 

ㅡ Bom dia! – Ela diz depois de se aproximar de mim e me dar um selinho. – Café da manhã na cama? Por essa eu não esperava.

Sentamos na cama e começamos a comer e a conversar sobre assuntos aleatórios.

ㅡ Isso estava ótimo, de verdade! Pode levar a bandeja para cozinha? – Eu concordo – Eu vou me trocar.

ㅡ Vista algo... simples. – Alerto. – Ou vai acabar sujando alguma das suas blusinhas hoje.

Ela dá de ombros e vai para o closet.

Hoje vamos pintar o quarto da Alice, e quando eu digo vamos quero dizer eu e ela.

ㅡ Você forrou o chão do quarto com jornal? – Ela pergunta saindo do closet

ㅡ Yeah! Fiz isso ontem. – me viro para olha-lá. – EI! Essa blusa é minha. – digo quando vejo que ela está vestindo uma blusa branca que por sinal fica comprida e um pouco apertada nela por conta da barriga.

Eu sei amor... sabe como é, você disse que eu posso acabar sujando alguma blusinha minha, então... resolvi pegar uma sua. – ela diz de forma “inocente” mas óbvio que fez isso de propósito

ㅡ Tudo bem. – reviro meus olhos

Entrelaço nossas mãos caminhando até o quarto do bebê.

D sorri satisfeita quando vê o chão coberto por jornal e as latas de tinta no centro do quarto.

- Bom... vamos começar! – diz eufórica me fazendo rir.

Ela pega um rolo e me olha.

ㅡ O que?

ㅡ Acho melhor a gente começar a pintar as paredes cinzas para não respingar nada quando formos pintar a branca.

ㅡ Babe você pinta só até onde conseguir alcançar, ok? – ela faz um “jóia” – Eu vou subir a escada para pintar as partes mais altas.

Abro as latas de tinta cinza e ela derrama uma delas no pote apropriado para passar o rolo.

Começamos a pintar a primeira parede e depois de alguns minutos eu subo na escada para pintar a parte de cima.

NOAH! – D reclama como irritação na voz quanto a tinta do rolo cai um pouco acertando seu raiz e olho.

Ela passa a mão no olho esquerdo tirando o excesso da tinta e me olha irritada.

Não aguento e começo a rir de sua cara e cuido de me segurar bem na escada para não cair.

Diarra bufa e cruza os braços ainda irritada.

ㅡ Para de rir, quantos anos você tem? – ela diz entediada e acabo por rir mais

Sério que ela ficou bravinha por causa de um pequeno acidente?

Desço da escada cessando o riso e me viro para ela.

- Babe... foi sem querer. – Digo e ela descruza o braço.

ㅡ Uhum Noah. – ela passa o rolo na tinta e esfrega o mesmo na minha cara como se eu fosse a merda da parede. – Isso também foi sem querer.

Passo as mãos pelo meu rosto e tiro o excesso da tinta que infelizmente até na minha boca entrou.

ㅡ Você vai se arrepender por isso. – lhe aponto meu dedo indicador.

ㅡ Você não pode revidar porque eu estava no meu direit... – antes mesmo dela terminar de falar eu pego a outra lata de tinta e viro sobre ela. – NOAH URREA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ. – ela passa as mãos pelo cabelo e choraminga. – Seu filho da puta, no cabelo é covardia.

Ela se ajoelha e abre a lata de tinha branca.

ㅡ Se prepara Noah, se prepara que dessa vez vai entrar tinta até no teu cú. – acabo até rindo depois dessa

ㅡ Que boquinha suja babe... só não está mais suja que você. – provoco e começo a correr em círculos pelo quarto.

Ela me segue e tenta a todo custo jogar a tinta em mim, tadinha muito devagar pra me alcançar.

Passo pelo centro do quarto e acabo escorregando na tinta que havia jogado nela, merda.

- Esse momento é meu. – ela diz animada e joga toda tinta branca em mim com força.

E dessa vez a tinta entra pelo meu nariz me fazendo arregalar os olhos...

ㅡ Porra babe. – reclamo me sentando enquanto ela ri tanto que precisa puxar ar.

ㅡ Mulher quando quer vingança, consegue amor. – ela diz e senta ao meu lado com dificuldade, pelo tamanho da barriga acredito.

ㅡ Olha a bagunça que fizemos. – Ela olha em volta assim como eu quando digo. – Relaxa – falo ao perceber que ela ficou frustrada – A gente chama uma decoradora amanhã e ela resolve tudo.

ㅡ É melhor. – diz se levantando

ㅡ Agora vem cá, me dá um abraço. – Ela tenta se afastar e falha. – Agora sim! – digo ao ver que as tintas em nós se misturam.

ㅡ Viramos uma bela obra de arte. – ela diz e mexe no meu cabelo coberto de tinta.

ㅡ Você sempre foi uma obra de arte, você é perfeita. – ela sorri e se afasta

Continua...
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N/a: Eu posso até negar, mas eu amo um clichêzinho as vezes kkkkkkkk.

A espera por você (Em Correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora