Bonus IV

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HARRY

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HARRY

Entro do Sweet Fantasy e lá estava ela, girando e girando. Rebolando, mexendo seu quadril e exalando a intensidade de seus olhos por todo aquele ambiente cheio de luxúria. Ela é a própria luxúria e nunca me disseram que um pecado pode se parecer tanto assim como um anjo. Ela me olha então desce sua mão dos seios até a barriga nua, ela move o quadril, parece uma serpente dando um convite para um pecado tão prazeroso. Uma serpente como uma pele dourada que brilha sem parar. Eu passo a língua nos lábios e mal consigo piscar enquanto a vejo dançar. Ela vira de costas e empina seu bumbum. Então desce devagar, suas mãos vão até seu cabelo cacheado. Ela rebola devagar e coloca o cabelo de lado e suas mãos movem e dançam também, todo o seu corpo dança e ela segura a barra de ferro e envolve sua perna lá girando uma vez então, ela move seu corpo e deixa sua testa colada naquela barra de ferro. Ela balança de um lado para o outro e olha mais uma vez para mim. O que ela tanto procura em meus olhos? Mas eu sei o que eu acho nos olhos dela, um pouco de paz. Contudo, ela é o pecado, ela é a luxúria. Como isso é possível?

Eu acordo todas as noites, com o coração batendo rápido. A minha boca está seca, mas era pior quando eu tinha pesadelo dos rostos das pessoas que eu já matei. Entretanto, faz duas noites seguidas que sonho com Alexia e com esse momento. Sonho com ela dançando.

Isso me intriga, mas felizmente já parei de sonhar com os homens que eu matei. São sonhos perturbadores e sonhar com Alexia é menos perturbador, ela não me perturba.

Ela tem algo familiar. Ela é algo familiar, ela é linda, incrível e boa. O que ela pode ter visto em mim?

Digo, eu sou um assassino e sei muito bem disso. A última lembrança que eu tenho é da primeira vez que roubei um banco, uma aldeia minúscula em Papilio que talvez nem exista mais e eu matei duas pessoas, eu não queria disparar na primeira, fiz sem querer, eu me assustei e na segunda era matar ou morrer. Depois fomos para trás das montanhas do deserto, Gibson era um adolescente irritante, não tinha participado do roubo, ele me viu sujo de sangue e apenas sorriu e disse que encontrou frutas suculentas do deserto. Essa é a minha última lembrança mais evidente na qual eu consigo me lembrar de cada detalhe, até das sensações que eu tive. De como eu fiquei pertubardo por semanas, por ter matado duas semanas.

Dessa forma, u simplesmente sei que eu sou um assassino, um fora da lei. Contudo, os soldados da rainha vieram até mim porque ela quer me agradecer por ter salvado sua vida. Eu salvei a vida de alguém.

Não é assim que eu lembro de mim.

E eu sempre que tento procurar mais lembranças eu não consigo e eu tentei e tento. Tento tanto que minha cabeça acaba doendo muito e eu sinto vontade de vomitar, mas não vem nenhuma lembrança. Então os pesadelos chegam. Homens gritando, chorando, me xingando, sangue e por fim eles morrendo. Normalmente só sangue e gritos e sei que por minha culpa.

Golden || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora