Sombras do espaço

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- Marcelo! Verifique as condições do planeta número 13.

- Certo, comandante.

Svetlana era comandante da nave. Era ela quem tomava as decisões em situações imprevisíveis, como agora, por exemplo. Os dados do planeta desconhecido eram promissores, havia massas de terra, água, matéria orgânica e oceanos. A situação difícil estava difícil para eles, pois tinham encontrado dois planetas habitáveis e precisavam escolher um deles para pousar, checar e pegar amostras. Não havia combustível o suficiente para uma viagem de ida e volta, então eles tinham de escolher e era a comandante Svetlana que tinha a palavra final.

- Vamos pousar no planeta 13. Marcelo, Juan e Alícia irão descer comigo. Juliana, tome conta da nave enquanto estivermos lá embaixo.

Juliana era piloto e brasileira. Cada membro da tripulação era de um país diferente. A comandante era da Rússia, Marcelo dos Estados Unidos, Juan da Espanha e Alícia da França. No geral, todos se davam bem, estavam no espaço há 3 meses, eles precisavam ter boas relações com os colegas.

Os quatro astronautas já estavam na nave que iria levá-los para o planeta abaixo deles. Juliana avisa que está liberado para lançamento e, em seguida, fala:

- Lançando em 3, 2, 1.

Alícia está com as mãos tremendo, nervosa. É sua primeira vez no espaço, todos os seus outros colegas são experientes como astronautas. Isso faz com que ela se sinta mais insegura, mas ela sabe que não pode pensar nessas coisas agora. Ela é uma profissional e tem que agir como uma.

- Boa sorte, pessoal! Enquanto vocês vão brincar de exploradores, eu vou tomar o meu café bem tranquila - Juliana fala para os outros na nave pela rádio de comunicação.

- Pode tomar o seu cafézinho em paz, nós é que vamos receber as condecorações quando voltarmos para casa com amostras de vida alienígena - responde Marcelo ironicamente.

- Dá pra vocês calarem a boca? Não consigo ouvir meus pensamentos - diz Alícia.

A comandante avisa para todos que a previsão de chegada à estratosfera é em 30 segundos.

O pouso foi calmo. Logo, os quatro membros da tripulação estavam de pé sobre um planeta onde nenhum outro humano jamais pisou. Alícia sabia que a missão deles eram encontrar vida extraterrestre e isso era um outro fator para o seu nervosismo.

Juliana estava na cozinha, preparando café preto quando ouviu um alarme da ponte de comando. Ela correu até lá e viu que os sensores da nave tinham detectado uma aproximação de meteoritos. A nave tinha proteção para esse tipo de situação, mas eram muitos fragmentos. Juliana teria que mover a nave.

- Gente? Estão me ouvindo?

- Sim, pode falar - responde Svetlana.

- Há muitos meteoritos que estão vindo em direção à nave. Terei que me deslocar para desviar deles.

- Certo, tome cuidado e nos mantenha informados.

- Sim, comandante.

Juliana estava brava porque seu café iria esfriar.

Enquanto isso, o resto da tripulação continuava a exploração. Havia lagos, terra, dunas de areias e, pelo o que parecia, cavernas. Foi perto de uma da entrada dessas cavernas que Alícia achou algo. Seu coração ficou acelerado e começou a bombear oxigênio mais rápido para os músculos.

- Gente! Venham aqui!

É uma marca no chão, mas não a marca de uma pedra ou algo parecido. Era uma pegada, não muito pequena e nem muito grande. Tinham três dedos longos e a parte do calcanhar era mais fina do que o restante da pegada. Nesse momento, Juliana avisa de lá de cima.

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