PARTE UM - Capitulo 10: Atira.

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Sobrou um tempinho e voltei no mesmo dia com mais uma atualização quentinha pra vocês!!! Eu disse que ia dar o meu máximo pra não deixar vocês na mão. 


Quando chego a tenda feridos, Charles estava preenchendo pilhas de papéis. Fiquei curiosa do motivo de ele estar fazendo serviços burocráticos enquanto tínhamos milhares de remédios para administrar nos soldados durante o dia. Como já havia me ausentado muitas horas, decidi ir pegar logo as medicações e o que fosse necessário para mim começar o trabalho.

- Desculpa o atraso hoje. – digo a Charles – Cadê o Mike?

- Ele foi comer alguma coisa. – Charles não tira os olhos das fichas, então decido perguntar.

- Por que está tão vidrado nessa fichas?

- Como? – Charles parecia estar bem avoado hoje.

- Perguntei o que tem de tão interessante nessas fichas.

- Ah, sim. Eu queria falar com você e o Mike depois sobre umas coisas importantes.

- Tudo bem.

Não pergunto mais nada porque tinha certeza que só receberia respostas vagas naquele momento. Começo a procurar onde estavam as luvas cirúrgicas. Precisava delas para aplicar a medicação em injeções em alguns soldados. Se fizesse isso sem a proteção das luvas, eu poderia pegar uma infecção deles ou passar mais alguma infecção aos homens que estavam ali, mas não encontrava em lugar algum.

- O que aconteceu com as luvas?

- Então, é sobre isso que eu estou analisando nessas fichas.

Olho em direção a Charles que tem uma expressão de total indignação estampada na cara.

- Como assim?

- Acho que tem alguém desviando dinheiro dos medicamentos e de todo o equipamento que precisamos aqui.

Meu queixo vai ao chão quando Charles me diz aquilo e corro pegar alguns papéis que estavam espalhados. Só havia números e um monte de matéria burocrática. Sinceramente, não sei como ele havia conseguido se achar no meio disso tudo. Nesse instante, Mike adentra.

- Quem morreu agora?

Eu e Charles olhamos para Mike que está curioso para saber porque estávamos tão espantados.

- Acho que estão desviando dinheiro de material hospitalar que pediram da última vez. Olha. – Eu e Charles chegamos até Mike e então a explicação se inicia. – A última vez que pediram material foi cerca de quatro dias antes de chegarmos aqui, o que não é muito tempo. A quantidade pedida aqui daria muito bem pra durar cerca de um mês mas acabou todo o estoque de luvas cirúrgicas e a sulfa em pó que temos não vai durar mais nem três dias. E só faz oito dias que estamos aqui. 

- Mas que porra... – Mike pega os papéis da mão de Charles. – Aqui diz que foram compradas 30 caixas de luvas.

- Sim, mas tinham só dez no estoque.

Nos entreolhamos e ficamos quietos enquanto tentávamos entender o que realmente estava acontecendo ali.

- Certo. Então nos mandaram só dez. Será que não tem algum erro de logística mesmo? – pergunto aos dois – Sabe, isso acontece.

- Não, Heather. Tá na cara que não foi logística. O que mais se tem em guerra é logística. – diz Mike.

- Mas não é a gente que solicita direto esses materiais?

- Não. A gente faz um balanço do que precisa e entrega pra patente do exército.

- E quem é o responsável?

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