PARTE UM - Capitulo 18: São mais de cem.

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Oi gente, 

Desculpa a demora para atualizar a fic mas essa semana foi um pouco complicada pra mim, mas obrigada por não me abandonarem e continuarem aqui. 

Não se esqueçam de divulgar a fic para o maior número de gente e de curtirem e comentarem. 

Boa leitura! 

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A manhã estava gelada e os fracos raios de sol não eram suficientes para aquecer mas, por sorte, não havia vento. Nenhuma folha se mexia do chão, o que era ótimo porque iríamos precisar fazer uma fogueira que alcançasse chamas bem altas.

Assim que o fogo atingisse o pico da pilha de madeiras, iria explodir um conjunto de granadas que chamaria mais atenção dos nazistas e a ideia era que eles viessem na nossa direção o mais rápido possível.

Eu já estava no meu posto no prédio principal. Ficava bem no meio da vila e tinha uma ótima visão de tudo que poderia vir a acontecer, mas eu não estava autorizada a ver. As ordens, que depois de Harry, foram repassadas a mim pelo Capitão, foram bem claras: "não sair do prédio em nenhuma hipótese". Os soldados que ficassem feridos iriam conseguir chegar até mim com facilidade devido a localização mas os que não chegassem, significava que não haveria nada que eu pudesse fazer para ajudar.

A porta principal ficaria trancada, como estava, por diversos pedaços de madeiras enormes e os soldados que precisassem iriam entrar pela lateral, através de uma pequena porta de acesso.

Quando adentro no ambiente, pude perceber que aquele local não se tratava só de um prédio, mas sim, de uma igreja. Seu teto era extremamente alto e tinha muita umidade escorrendo pelas paredes de pedras. Estava tudo muito escuro e os bancos estavam todos empilhados. Não havia velas acessas e as pinturas nas paredes podiam me dar um pouco de medo.

Escuto passos atrás de mim e me deparo com Harry. Assim que o vejo, meu corpo de forma inconsciente o abraça fortemente e ele retribui.

- Vou ficar uns metros atrás da fogueira num galpão na estrada. E você fica aqui. – Ele diz enquanto me abraça.

- Não acha muito perigoso ficar logo na entrada da vila?

- Não se preocupa comigo. Eu sei me virar. – Sorrio forçadamente. – Olha pra mim.

Harry passa sua mão gentilmente pelos meus cabelos indo de encontro com as minhas bochechas. Apesar do frio, sua mão estava quente e o toque dele era muito acolhedor.

- Se algum nazista entrar por aquela porta, você atira. Entendeu?

- Sim.

- E nem pense em sair daqui ou colocar a cabeça pra fora daquela porta. Certo?

- Certo.

- Eu volto pra te buscar quando tudo acabar e até lá você não...

- Eu sei. Não movo um músculo daqui de dentro.

- Isso.

Nós ficamos nos encarando por alguns minutos sem saber, de fato, o que fazer. Eu não queria parecer uma desesperada e me grudar em seus lábios (apesar de ser isso que eu gostaria de fazer), também não queria demonstrar que havia um relacionamento entre nós porque não havia. Tinha sido só um beijo na noite passada, não podia ter significado muito mais que aquilo.

Além disso, se eu ficasse beijando Harry a cada momento, seria muito mais fácil eu me apaixonar e isso estava fora de questão em um ambiente como aquele. Me apaixonar para depois um de nós acabar morto e ficar sofrendo o resto da vida por isso? Sinceramente, isso era algo que eu dispensava pra mim naquele momento.

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