Love In France

PARTE UM - Capitulo 20 - Eu quero a minha mãe!

GALERA EU VOLTEI! 

Eu não me esqueci da fanfic! Expliquei direitinho o que aconteceu lá no meu perfil, do porque eu fiquei um tempo sem atualizar a fanfic por aqui. Depois o Wattpad sofreu um bug e não conseguia atualizar então né HAHAHAHAHAHAHA. 

Obrigada por não desistirem da fic. Ela é muito importante pra mim. Bjs e até a próxima. 

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Éramos só nós três. Em meio a fumaça e um silêncio mortal, saímos do vilarejo que restou completamente destruído. Os pequenos prédios agora não passavam de um amontoado de entulhos que escondiam corpos embaixo deles, já sem vidas. Meus olhos percorriam rapidamente o local, em busca de alguém que pudesse estar pedindo por ajuda. Mas o silêncio gritava em meus ouvidos. Um zunido percorria meus pensamentos. Meus olhos ardiam com a quantidade de pó que aos poucos se dissipava no ar.

Harry ia na minha frente com um rifle em suas mãos enquanto Niall vinha logo atrás de mim. Voltei a colocar a arma em minha cintura mas não sei se eu teria coragem de empunha-la novamente se fosse necessário.

Os passos de Harry eram cautelosos mas firmes. Ele parecia atento a qualquer movimento, sombra ou som que fosse emitido. Conseguia perceber a rigidez de sua postura e só então percebi que ele mancava com a perna direita. Me preocupei instantaneamente mas ele não emitia nenhum gemido de dor. De vez em quando eu me atrevia a olhar para trás para me garantir que Niall ainda estava nos seguindo. Cada vez que nossos olhares se encontravam, ele tentava me passar confiança de que logo estaríamos bem e que não era necessário me preocupar com ele. Assim como Harry sempre fazia. Acho que isso era algo comum aos homens. Se recusam em demonstrar fraqueza.

Acredito que foi feito um acordo tácito entre nós três de que ninguém iria abrir a boca até estarmos completamente seguros e bem longe dali. Enquanto isso, mil pensamentos se passavam em flashes rápidos demais. Era mais um episódio de ansiedade que se iniciava, eu tinha certeza, mas era impossível eu conseguir me desvirtuar daquilo que se passava na minha cabeça.

Desde a noite que tivemos que sair do acampamento, penso se Mike e Charles conseguiram achar provas mais evidentes de que Jake estivesse envolvido em desvio de medicamentos. Eu sentia calafrios em pensar em Jake e do que ele seria capaz de fazer caso os meninos descobrissem alguma coisa sobre isso.

Para piorar a situação, não sabia se algum soldado havia conseguido fugir em direção ao acampamento para avisar que centenas de nazistas estariam chegando. Já havíamos tido muitas perdas, e não conseguia imaginar mais vidas que não poderia nem ter a chance de ajudar. Quando eu trabalhava no hospital nós conseguíamos salvar um numero considerável de soldados e era ótimo poder dispensar os homens de volta para suas casas, nem que fosse durante um tempo. O sorriso que cada um me dava ao saber que estavam voltando para uma cama confortável e quente ao lado de quem amavam fazia valer a pena cada segundo da minha profissão.

Um aperto no coração me atingiu ao lembrar das babaquices do Louis e de como ele tinha alegrado os meus dias enquanto tinha ficado no hospital. Onde será que ele estaria agora? Esperava profundamente que ele não tivesse voltado tão cedo para a guerra.

Pensar novamente em alguns momentos em Paris, me fez lembrar de meus pais e meus irmãos. A cena de meu pai chorando antes de eu vir para a guerra me deixou dividida diante de tantas atitudes controversas e completamente opostas durante os últimos anos. Talvez, ele tenha percebido o real perigo que estava me cercando. Ele não havia movido os pauzinhos dele para me tirar dessa situação ainda, mas não esperava um atitude diferente dele. Acredito que ele estava tentando me provar que eu não seria capaz de aguentar a minha profissão e muito menos de aguentar uma situação dessas. Mas eu ia provar que ele estava errado. Que todos da minha família estavam errados.